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Inflação na Coreia do Sul desacelera para menor nível em 3 anos e meio

Com desaceleração da inflação, mercado antecipa possibilidade de afrouxamento da política monetária já no próximo mês

Banco da Coreia deve reduzir taxas de juros em outubro. (Sunho Kim / EyeEm/Getty Images)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 06h07.

Última atualização em 3 de setembro de 2024 às 07h46.

A inflação ao consumidor na Coreia do Sul desacelerou em agosto, atingindo seu nível mais baixo em quase três anos e meio, conforme dados oficiais divulgados nesta terça-feira, 3.O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 2,0% em relação ao ano anterior, uma desaceleração em comparação ao aumento de 2,6% registrado no mês anterior, marcando a menor alta anual desde março de 2021. As informações são da Reuters.

O resultado coincidiu com a expectativa mediana de 2,0% prevista em um levantamento da Reuters com economistas, assim como com a meta de inflação de médio prazo do banco central sul-coreano, que também é de 2%.

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Com a inflação sob controle, as expectativas de um afrouxamento da política monetária ganharam força. No mês passado, o Banco da Coreia manteve as taxas de juros no nível mais alto em quase 16 anos, mas a desaceleração do crescimento econômico e a redução das pressões inflacionárias aumentam as apostas de que o banco central poderá reduzir as taxas já em outubro.

Rendimentos do tesouro recuaram

A queda na inflação também foi refletida nos rendimentos dos títulos do tesouro sul-coreano, que recuaram ligeiramente após três sessões consecutivas de alta.Em termos mensais, o CPI subiu 0,4% em agosto, registrando o avanço mais rápido em seis meses, após um aumento de 0,3% no mês anterior e superando a previsão de economistas, que era de 0,3%. O núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 2,1% em relação ao ano anterior, desacelerando em comparação com o aumento de 2,2% registrado no mês anterior e marcando o nível mais baixo desde novembro de 2021.

Com a inflação em desaceleração e o crescimento econômico em risco, o Banco da Coreia enfrenta agora a difícil decisão de ajustar sua política monetária para apoiar a economia, sem permitir que o endividamento excessivo das famílias crie novos desafios para a estabilidade financeira.

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