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Inflação é de 1,01% em novembro e acumula 10,48% em 12 meses

É o IPCA mais alto para um mês de novembro desde 2002 e taxa anualizada não era tão alta desde novembro de 2003

Consumidores na região do SAARA no Rio de Janeiro: os preços subiram bastante em 2015 (Fernando Frazão/ Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 10h42.

São Paulo - A inflação no Brasil foi de 1,01% em novembro, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É uma aceleração em relação aos 0,82% registrados em outubro e também o IPCA mais alto para um mês de novembro desde 2002, quando foi de 3,02%.

A taxa acumulada em 12 meses passou a barreira dos dois dígitos e chegou a 10,48%, bem acima da meta do governo (que é de 4,5% com tolerância de dois pontos para cima e para baixo).

O país não tinha uma inflação anualizada tão alta desde novembro de 2003, quando este acumulado chegou a 11,02%.

Grupos

Dos 9 grupos de produtos e serviços monitorados pelo IBGE, só 3 tiveram queda em novembro em relação ao mês anterior: Despesas Pessoais, Transportes e Artigos de Residência.

Mesmo com queda de um mês para o outro, Transportes continuou pesando. Com alta de 4,16%, os combustíveis (3,21% na gasolina e 9,31% no etanol) lideram como principal impacto da cesta: 0,21 ponto percentual sobre a taxa final.

O grupo Alimentação e Bebidas, de maior peso no índice final, pulou de 0,77% em outubro para 1,83% em novembro e teve impacto de 0,46 ponto percentual sobre o IPCA total do mês.

O mês registrou alta em vários itens importantes como batata inglesa (27,46%), tomate (24,65), açúcar refinado (13,15%) e cebola (10,39%). Poucos tiveram queda, como carnes industrializadas (-0,79%) e leite (-0,76%).

Comunicação teve um pulo grande (de 0,39% em outubro para 1,03% em novembro) puxada por um aumento de 1% nas tarifas de telefonia fixa e 2,13% nas de telefone celular.

Dentro dos índices regionais, o mais baixo foi de Brasília (0,66%) e o mais alto foi de Goiânia (1,44%). Com maiores pesos relativos, as altas em São Paulo e Rio de Janeiro foram de 0,88% e 1,24%, respectivamente.

GrupoVariação (%) OutubroVariação (%) Novembro
Índice Geral0,82%1,01%
Alimentação e Bebidas0,77%1,83%
Habitação0,75%0,76%
Artigos de Residência0,39%0,31%
Vestuário0,67%0,79%
Transportes1,72%1,08%
Saúde e cuidados pessoais0,55%0,64%
Despesas pessoais0,57%0,52%
Educação0,10%0,22%
Comunicação0,39%1,03%

.

GrupoImpacto Outubro (p.p.)Impacto Novembro (p.p.)
Índice Geral0,821,01
Alimentação e Bebidas0,190,46
Habitação0,120,12
Artigos de Residência0,020,01
Vestuário0,040,05
Transportes0,310,20
Saúde e cuidados pessoais0,060,07
Despesas pessoais0,060,05
Educação00,01
Comunicação0,020,04

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São Paulo - A inflação no Brasil foi de 1,01% em novembro, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É uma aceleração em relação aos 0,82% registrados em outubro e também o IPCA mais alto para um mês de novembro desde 2002, quando foi de 3,02%.

A taxa acumulada em 12 meses passou a barreira dos dois dígitos e chegou a 10,48%, bem acima da meta do governo (que é de 4,5% com tolerância de dois pontos para cima e para baixo).

O país não tinha uma inflação anualizada tão alta desde novembro de 2003, quando este acumulado chegou a 11,02%.

Grupos

Dos 9 grupos de produtos e serviços monitorados pelo IBGE, só 3 tiveram queda em novembro em relação ao mês anterior: Despesas Pessoais, Transportes e Artigos de Residência.

Mesmo com queda de um mês para o outro, Transportes continuou pesando. Com alta de 4,16%, os combustíveis (3,21% na gasolina e 9,31% no etanol) lideram como principal impacto da cesta: 0,21 ponto percentual sobre a taxa final.

O grupo Alimentação e Bebidas, de maior peso no índice final, pulou de 0,77% em outubro para 1,83% em novembro e teve impacto de 0,46 ponto percentual sobre o IPCA total do mês.

O mês registrou alta em vários itens importantes como batata inglesa (27,46%), tomate (24,65), açúcar refinado (13,15%) e cebola (10,39%). Poucos tiveram queda, como carnes industrializadas (-0,79%) e leite (-0,76%).

Comunicação teve um pulo grande (de 0,39% em outubro para 1,03% em novembro) puxada por um aumento de 1% nas tarifas de telefonia fixa e 2,13% nas de telefone celular.

Dentro dos índices regionais, o mais baixo foi de Brasília (0,66%) e o mais alto foi de Goiânia (1,44%). Com maiores pesos relativos, as altas em São Paulo e Rio de Janeiro foram de 0,88% e 1,24%, respectivamente.

GrupoVariação (%) OutubroVariação (%) Novembro
Índice Geral0,82%1,01%
Alimentação e Bebidas0,77%1,83%
Habitação0,75%0,76%
Artigos de Residência0,39%0,31%
Vestuário0,67%0,79%
Transportes1,72%1,08%
Saúde e cuidados pessoais0,55%0,64%
Despesas pessoais0,57%0,52%
Educação0,10%0,22%
Comunicação0,39%1,03%

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GrupoImpacto Outubro (p.p.)Impacto Novembro (p.p.)
Índice Geral0,821,01
Alimentação e Bebidas0,190,46
Habitação0,120,12
Artigos de Residência0,020,01
Vestuário0,040,05
Transportes0,310,20
Saúde e cuidados pessoais0,060,07
Despesas pessoais0,060,05
Educação00,01
Comunicação0,020,04
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