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Inflação de serviços teve ligeira piora, mas segue convergência, diz Campos Neto

Presidente do BC também afirmou que é difícil imaginar que a inflação global vá cair mais sem uma queda da inflação de serviços

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Gustavo Minas/Bloomberg via/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 15h04.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2024 às 15h16.

A inflação de serviços apresentou ligeira piora nas últimas leituras, mas continua dentro do esperado para o processo de convergência, afirmou nesta quarta-feira, 7, o presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto, participante de evento do Meio & Mensagem no período da manhã.

Ele disse que a inflação de serviços estava caindo em uma velocidade maior do que o esperado e que o BC está tentando identificar, na piora recente dos núcleos, o que deriva de serviços e o que de intensivo de mão de obra.

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Campos Neto afirmou que a autarquia está olhando muito para os serviços intensivos em trabalho e ressaltou que a abertura tem preços com menor oscilação. "É importante que caia porque temos uma meta que precisamos atingir."

Impacto global

O presidente do Banco Central disse ainda que é difícil imaginar que a inflação global vá cair mais sem uma queda da inflação de serviços. Ele associou a inflação relativamente alta de serviços no mundo ao cenário do mercado de trabalho apertado.

Ponderou que cada país tem um peso para serviços, mas que, em geral, a inflação do grupo está bastante resiliente. "No mundo emergente está meio embolado, mas com alguns países já no padrão histórico, até um pouco melhor. No mundo avançado, não", comentou.

O banqueiro central disse ainda que enquanto a inflação dos países emergentes já caiu para um padrão visto no passado, após o avanço na pandemia, nos países avançados ela ainda segue bem acima do histórico.

Custo de logística com conflito no Mar Vermelho

O conflito no Mar Vermelho já reflete em pressão sobre os custos de transporte marítimo, afirmou Campos Neto. "Começamos a ver pressão da cadeia de suprimentos, na parte de oferta que vinha aliviando custos", disse. "A parte de logística voltou a ter um problema e estamos vendo nas duas últimas semanas que está escalando."

O monitoramento da região, afirmou, mostra o número de navios em queda. "Conversando com algumas pessoas, ouvimos que para alguns produtos não vale fazer a rota alternativa. Como o custo do crédito fica muito mais alto e a margem é muito baixa, as pessoas estão segurando para esperar resolver o problema."

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