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Inflação de junho deve subir, mas logo voltará

A estimativa de mercado é que o resultado passe de 1% entre maio e junho, impulsionado pelo aumento de demanda em virtude da recente greve dos caminhoneiros

Supermercado: previsão de inflação para o longo prazo segue inalterada apesar da alta recente (Reinaldo Canato/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2018 às 06h55.

Última atualização em 6 de julho de 2018 às 07h19.

Antes de a Seleção Brasileira entrar em campo nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os números de junho do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA . A estimativa de mercado é que o resultado passe de 1% entre maio e junho, impulsionado pelo aumento de demanda em virtude da recente greve dos caminhoneiros.

No mês passado, os resultados de maio mostravam alta de 0,4%, influenciada por reajustes nas tarifas de energia elétrica, da gasolina e óleo diesel. A entrada em vigor da bandeira amarela fez com que a energia tenha sido reajustada naquele mês em sete capitais. O auge foi em Belo Horizonte, com 18,53% de aumento. No caso do diesel, como ficou evidente com a greve, o ajuste foi conduzido pelos preços do barril de petróleo no período.

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A alta de hoje foi “adiantada” no IPCA-15, a prévia da inflação para o mês, que registrou alta de 1,1%. Foi a maior variação para o mês desde 1995, quando marcou 2,35%. Dois dos carrascos foram setores altamente impactados pela greve: Alimentação e bebidas (alta de 1,57%) e Transportes (1,95%). O resultado do período anterior neste ano havia sido de apenas 0,14%.

“A boa notícia é que dados mais recentes indicam que muitos destes preços já começaram a cair, e provavelmente devem retornar dentro das próximas semanas a patamares próximos aos vistos antes da greve”, diz relatório do banco Santander, que projeta alta de 1,17% no IPCA. Segundo o banco, o resultado permite manter as projeções do governo que fizeram o Conselho Monetário Nacional manter a meta de inflação para 2021 em 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos, o que sinaliza que juros mais baixos ainda são possíveis para os próximos anos.

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