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Inflação apresenta trajetória benéfica, segundo Bradesco

Excluindo-se os preços administrados e os alimentos in natura, o núcleo do IPC ficou em 0,24% em agosto

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

Apesar de ser a maior alta mensal dos últimos 18 meses, a inflação medida pela Fipe em agosto deve ser entendida como benéfica. Segundo os economistas do Bradesco, o aumento de 0,99% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no mês passado mostra sinais positivos no comportamento dos preços. Além disso, ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava aumento entre 1% e 1,20%.

Para o banco, a inflação está concentrada em poucos itens, sobretudo nos preços administrados e nos produtos in natura (como alimentos frescos). As tarifas de energia e telefonia, em conjunto, contribuíram com 0,52 ponto percentual do IPC de agosto. Os alimentos in natura, com 0,26 pp, e os combustíveis, com 0,07 pp. O principal indício é que, quando se excluem estes artigos e serviços do cálculo, o núcleo da inflação fechou agosto em 0,24%. "O núcleo de inflação apresentou um comportamento benigno", afirma relatório do Bradesco.

A concentração da pressão inflacionária em poucos produtos e serviços também é explicitada pela comparação com os meses anteriores. "Verificamos claramente que a inflação de agosto, apesar do índice cheio mais elevado, tem dispersão e disseminação muito menores", diz o banco.
A instituição aposta no fim das pressões pontuais dos preços administrados e no retorno do IPC a índices mais baixos nos próximos meses. O banco estima que a inflação, na cidade de São Paulo, apresentará taxas mensais entre 0,45% e 0,50% até dezembro.

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