Inep: vaga no ensino superior cresce mais que demanda
O número de estudantes que ingressou no ensino superior brasileiro atingiu 1,5 milhão no ano passado, um crescimento de 1,6% em 2008 na comparação os 1,48 milhão do ano anterior. A quantidade de alunos, contudo, ainda é bastante inferior ao volume de vagas criadas ao ano por faculdades e universidades em todo o País. De […]
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2009 às 19h38.
O número de estudantes que ingressou no ensino superior brasileiro atingiu 1,5 milhão no ano passado, um crescimento de 1,6% em 2008 na comparação os 1,48 milhão do ano anterior. A quantidade de alunos, contudo, ainda é bastante inferior ao volume de vagas criadas ao ano por faculdades e universidades em todo o País. De 2007 para 2008, o número de vagas criadas nas faculdades e universidades brasileiras aumentou 5,7%, passando de 2,82 milhões para 2,98 milhões. Ao todo, 1,47 milhões de vagas ficaram ociosas em 2008, ou seja, de cada 100 carteiras, 49 permaneceram vazias no ano passado.
Essa é uma das conclusões do Censo da Educação Superior, divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Os dados mostram ainda queda no número de instituições de ensino públicas e privadas criadas no País. Em 2007, havia 2.281 universidades, centros universitários e faculdades no País. No ano passado, esse número caiu para 2.252, um recuo de 1,2%.
Já o volume de cursos segue desde 2002 em trajetória de alta. Há seis anos, o número de cursos chegava a 14.445. Em 2007, o montante já era de 23.896 e, no ano passado, atingiu os 25.366, uma alta de 6,1%. As instituições privadas responderam em 2008 pela maioria dos cursos - 17 mil de um montante de 24 mil.
De todas as instituições de ensino superior em funcionamento em 2008 no País, 90% eram particulares e 10% públicas, incluindo universidades federais, municipais e estaduais. A pesquisa indica ainda que em 2008 havia 5 milhões de alunos matriculados em cursos superiores no Brasil, volume 4,1% superior ao registrado em 2007 (4,8 milhões). O estudo também mostra que o setor privado respondeu no ano passado por 74,9% das matrículas, e o setor publico, 25,1%.