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Indústria da China mostra dificuldade e aumenta expectativa

Economistas do governo acham que as autoridades já começaram a aumentar os gastos para sustentar o crescimento

Economia chinesa: PMI oficial avançou para 50,3 em março ante 50,2 em fevereiro, indicando ligeira expansão, mas alguns economistas disseram que mesmo isso sugere fraqueza (AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 08h13.

Pequim - Uma fraqueza persistente no setor industrial da China reforçou os temores de desaceleração mais forte do que o esperado no início de 2014, e alguns economistas do governo acham que as autoridades já começaram a aumentar os gastos para sustentar o crescimento.

Nesta terça-feira, duas pesquisas mostraram que a indústria teve dificuldades em março, com a atividade em empresas menores e privadas contraindo pelo terceiro mês, ampliando a série de dados decepcionantes que levaram a especulações de estímulo iminente liderado pelo governo.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial avançou para 50,3 em março ante 50,2 em fevereiro, indicando ligeira expansão, mas alguns economistas disseram que mesmo isso sugere fraqueza já que a atividade normalmente acelera mais após o feriado de Ano Novo Lunar em fevereiro.

Já o PMI do Markit/HSBC, que foca mais no setor privado, caiu para a mínima em oito meses, de 48,0 em março. O índice está abaixo da marca de 50 desde janeiro, indicando contração neste ano.

"Ainda estamos em uma parte fraca do ciclo", disse Louis Kuijs, economista-chefe do Royal Bank of Scotland.

"Ainda não acho que as pressões são tremendas, mas são grandes o suficiente para que o governo realmente comece a falar sobre a necessidade de sustentar o crescimento." Em março, fontes disseram à Reuters que o banco central está preparado para afrouxar a política monetária com o objetivo de manter a segunda maior economia do mundo crescendo na meta do governo de 7,5 por cento.


O premiê Li Keqiang afirmou na semana passada que as políticas necessárias estão disponíveis e que o governo vai avançar com investimentos em infraestrutura, o que foi visto por analistas como um sinal de preocupação das autoridades com a desaceleração da economia.

Economistas em institutos do governo acreditam que parte desse gasto já está acontecendo, já que Li destacou "reservas de política" em um relatório ao Parlamento no mês passado.

"A prioridade é estabilizar o crescimento. Medidas de política foram preparadas e é apenas uma questão de implementação", disse Wang Jun, economista sênior do Centro Chinês para Trocas Econômicas Internacionais.

"O ritmo de investimento e gastos fiscais está acelerando."

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Pequim - Uma fraqueza persistente no setor industrial da China reforçou os temores de desaceleração mais forte do que o esperado no início de 2014, e alguns economistas do governo acham que as autoridades já começaram a aumentar os gastos para sustentar o crescimento.

Nesta terça-feira, duas pesquisas mostraram que a indústria teve dificuldades em março, com a atividade em empresas menores e privadas contraindo pelo terceiro mês, ampliando a série de dados decepcionantes que levaram a especulações de estímulo iminente liderado pelo governo.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial avançou para 50,3 em março ante 50,2 em fevereiro, indicando ligeira expansão, mas alguns economistas disseram que mesmo isso sugere fraqueza já que a atividade normalmente acelera mais após o feriado de Ano Novo Lunar em fevereiro.

Já o PMI do Markit/HSBC, que foca mais no setor privado, caiu para a mínima em oito meses, de 48,0 em março. O índice está abaixo da marca de 50 desde janeiro, indicando contração neste ano.

"Ainda estamos em uma parte fraca do ciclo", disse Louis Kuijs, economista-chefe do Royal Bank of Scotland.

"Ainda não acho que as pressões são tremendas, mas são grandes o suficiente para que o governo realmente comece a falar sobre a necessidade de sustentar o crescimento." Em março, fontes disseram à Reuters que o banco central está preparado para afrouxar a política monetária com o objetivo de manter a segunda maior economia do mundo crescendo na meta do governo de 7,5 por cento.


O premiê Li Keqiang afirmou na semana passada que as políticas necessárias estão disponíveis e que o governo vai avançar com investimentos em infraestrutura, o que foi visto por analistas como um sinal de preocupação das autoridades com a desaceleração da economia.

Economistas em institutos do governo acreditam que parte desse gasto já está acontecendo, já que Li destacou "reservas de política" em um relatório ao Parlamento no mês passado.

"A prioridade é estabilizar o crescimento. Medidas de política foram preparadas e é apenas uma questão de implementação", disse Wang Jun, economista sênior do Centro Chinês para Trocas Econômicas Internacionais.

"O ritmo de investimento e gastos fiscais está acelerando."

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