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Indústria contrai e tem maior corte de vagas em quase 6 anos

Diante de necessidades menores de produção e tentando reduzir os custos, as indústrias cortaram empregos em maio

Trabalhador da indústria: a contração no volume de produção em maio está entre as mais acentuadas em quatro anos (zdravkovic/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 11h16.

São Paulo - A contração da indústria do Brasil se intensificou em maio diante de novas quedas acentuadas na produção e no volume de novos pedidos, levando a cortes de empregos pela taxa mais rápida em quase seis anos, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira.

O PMI apurado pelo Markit caiu a 45,9 em maio ante 46,0 no mês anterior, no quarto mês seguido de deterioração nas condições de setor e abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

Com a leitura do mês passado, o indicador permanece no nível mais baixo desde setembro de 2011, com os entrevistados citando condições econômicos difíceis.

"As últimas leituras sugerem que a contração continua severa... O consumo doméstico parece estar sofrendo com o acesso restrito ao crédito, com a extensão pelo Banco Central de seu ciclo de aperto em abril como parte dos esforços para conter a inflação", avaliou a economista do Markit Pollyanna De Lima.

"Dado o desemprego resistente, a contínua fraqueza da economia doméstica deve continuar."

De acordo com o Markit, a contração no volume de produção em maio está entre as mais acentuadas em quatro anos e deriva da quarta redução mensal na entrada de novos negócios.

Todas as três principais áreas do setor industrial registraram redução na produção, com destaque para a de bens de consumo.

"Os entrevistados indicaram que a demanda foi restringida por taxas de inflação fortes e por uma economia cada vez mais frágil", apontou o Markit, destacando que o volume de novos negócios do exterior também caiu.

Diante de necessidades menores de produção e tentando reduzir os custos, as indústrias cortaram empregos em maio, mês que registrou a maior queda mensal no nível de contratações desde julho de 2009 e em todos os três grupos do setor monitorados.

O aumento nos custos de energia, que manteve a inflação oficial do país bastante elevada no início do ano, foi citado como razão para o aumento dos preços de compra pelo sétimo mês seguido em maio, bem como das matérias-primas. Houve citações também de que o dólar levou a custos maiores dos insumos importados.

A indústria brasileira, que vem pesando com força sobre a economia brasileira, encerrou o primeiro trimestre com queda na produção acumulada de 5,9 por cento, demonstrando a fraqueza do setor que deve permanecer ao longo deste ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria teve diminuição de 0,3 por cento nos três primeiros meses de 2015, de acordo com os dados sobre as contas nacionais divulgados na sexta-feira, que mostraram que o PIB do Brasil encolheu 0,2 por cento de janeiro a março ante os últimos três meses do ano passado.

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São Paulo - A contração da indústria do Brasil se intensificou em maio diante de novas quedas acentuadas na produção e no volume de novos pedidos, levando a cortes de empregos pela taxa mais rápida em quase seis anos, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira.

O PMI apurado pelo Markit caiu a 45,9 em maio ante 46,0 no mês anterior, no quarto mês seguido de deterioração nas condições de setor e abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

Com a leitura do mês passado, o indicador permanece no nível mais baixo desde setembro de 2011, com os entrevistados citando condições econômicos difíceis.

"As últimas leituras sugerem que a contração continua severa... O consumo doméstico parece estar sofrendo com o acesso restrito ao crédito, com a extensão pelo Banco Central de seu ciclo de aperto em abril como parte dos esforços para conter a inflação", avaliou a economista do Markit Pollyanna De Lima.

"Dado o desemprego resistente, a contínua fraqueza da economia doméstica deve continuar."

De acordo com o Markit, a contração no volume de produção em maio está entre as mais acentuadas em quatro anos e deriva da quarta redução mensal na entrada de novos negócios.

Todas as três principais áreas do setor industrial registraram redução na produção, com destaque para a de bens de consumo.

"Os entrevistados indicaram que a demanda foi restringida por taxas de inflação fortes e por uma economia cada vez mais frágil", apontou o Markit, destacando que o volume de novos negócios do exterior também caiu.

Diante de necessidades menores de produção e tentando reduzir os custos, as indústrias cortaram empregos em maio, mês que registrou a maior queda mensal no nível de contratações desde julho de 2009 e em todos os três grupos do setor monitorados.

O aumento nos custos de energia, que manteve a inflação oficial do país bastante elevada no início do ano, foi citado como razão para o aumento dos preços de compra pelo sétimo mês seguido em maio, bem como das matérias-primas. Houve citações também de que o dólar levou a custos maiores dos insumos importados.

A indústria brasileira, que vem pesando com força sobre a economia brasileira, encerrou o primeiro trimestre com queda na produção acumulada de 5,9 por cento, demonstrando a fraqueza do setor que deve permanecer ao longo deste ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria teve diminuição de 0,3 por cento nos três primeiros meses de 2015, de acordo com os dados sobre as contas nacionais divulgados na sexta-feira, que mostraram que o PIB do Brasil encolheu 0,2 por cento de janeiro a março ante os últimos três meses do ano passado.

Acompanhe tudo sobre:EmpregosPMI – Purchasing Managers’ Index

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