Indústria da construção civil continua otimista, diz CNI
Os empresários da indústria da construção civil continuam otimistas com relação ao nível de atividade para os próximos seis meses. A Sondagem da Construção Civil, divulgada nesta manhã pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra uma redução no índice de expectativa do nível de atividade, de 70,6 pontos em janeiro para 68,4 pontos em fevereiro, […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Os empresários da indústria da construção civil continuam otimistas com relação ao nível de atividade para os próximos seis meses. A Sondagem da Construção Civil, divulgada nesta manhã pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra uma redução no índice de expectativa do nível de atividade, de 70,6 pontos em janeiro para 68,4 pontos em fevereiro, mas, mesmo assim, o índice continua muito acima de 50 pontos, o que indica que é "disseminada entre os empresários a perspectiva de aumento da atividade".
"Seria normal esperar que, em fevereiro, caísse um pouco esse otimismo de início de ano. Mas, mesmo assim, os empresários mantiveram o otimismo em razão dos programas de governo e do próprio crescimento do mercado imobiliário", avalia o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI, Renato da Fonseca.
Ele lembra que todas as ações do governo na área da construção civil para o enfrentamento da crise foram no sentido de facilitar o crédito e no apoio a alguns programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida. Fonseca destaca ainda que, passada a crise, há um aumento normal da própria demanda, com o consumidor voltando ao mercado. "O crédito da construção civil, com linhas especiais, recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), não foi tão afetado como o da indústria como um todo. As empresas do setor podem ter tido dificuldade na questão de capital de giro, mas não em conseguir crédito para financiar seus clientes", completou.
O otimismo com relação ao nível da atividade para os próximos seis meses se reflete nos indicadores para novos empreendimentos e serviços nos próximos meses, que ficou em 68,2 pontos em fevereiro ante 70 pontos em janeiro. Também continuam elevadas as intenções de compras de matérias-primas. O indicador que mede essa intenção ficou em 66 pontos ante 69,7 pontos registrados em janeiro.
Com relação ao nível de atividade da indústria de construção civil em janeiro, a Sondagem mostra que também houve uma queda em relação a dezembro, mas o índice ainda ficou acima de 50 pontos. Em dezembro, o índice era de 53,7 pontos e caiu para 50 5 pontos em janeiro. Fonseca disse que, como a pesquisa é nova, o movimento sazonal da construção civil ainda não é conhecido. Mas o indicador que mede o nível de atividade em relação ao usual mostrou que a atividade continua aquecida. Em dezembro, esse índice era de 53,2 pontos e, em janeiro, ele caiu para 52,9 pontos. "O número de atividade efetiva em relação ao usual praticamente manteve-se estável. O setor continua aquecido. Para a maioria das empresas, está acima do usual", disse Fonseca.
A pesquisa da CNI foi realizada entre os dias 1º e 24 de fevereiro, com 335 empresas, sendo 192 pequenas, 106 médias e 37 grandes. Pela metodologia utilizada, o indicador varia no intervalo de zero a 100, sendo que valores acima de 50 indicam expectativa positiva.