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Indústria de construção civil deve crescer 2,8% em 2014

Isso deve ocorrer caso o Produto Interno Bruto do país suba 2% no próximo ano

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 13h07.

São Paulo - A indústria da construção civil do país deve crescer menos que o Produto Interno Bruto ( PIB ) em 2013, previu nesta segunda-feira o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, Sinduscon-SP, impactada pela atividade mais fraca do setor imobiliário e das obras de infraestrutura.

A estimativa é de avanço de 2 por cento para a construção civil no ano, ante previsão de alta de 2,5 por cento para o PIB. O Sinduscon-SP havia encerrado 2012 esperando crescimento de 3,5 a 4 por cento para a construção civil neste ano, em linha com o aumento então enxergado para o PIB.

"O ano de 2013 foi ruim para o Brasil e não só para a construção civil", disse a jornalistas o presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe. "O governo interveio demais na economia, que não deslanchou. Na construção, muitos investimentos foram suspensos porque o empresariado não enxergava crescimento da demanda suficiente", acrescentou.

O avanço menor do que o do conjunto da economia é considerado atípico pela entidade, que iniciou o ano contando com maior contribuição das obras de infraestrutura.

"O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) andou em ritmo mais lento ... e as concessões começaram agora, com um reflexo nas atividades do setor ocorrendo em no mínimo mais seis meses", disse a coordenadora de construção civil da FGV, Ana Maria Castelo.

Segundo a especialista, a contratação de trabalhadores também desacelerou no ano, pressionando as expectativas.

"Claramente vemos o final de um ciclo de obras na construção imobiliária. Obras iniciadas de 2008 a 2010 estão sendo entregues. Mas (o número de trabalhadores) em obras iniciais caiu no ano", afirmou Ana Maria.


Apesar do cenário mais fraco no setor, os custos de mão de obra, de materiais e equipamentos e de serviços seguiram em alta.

Os empresários da construção civil apontaram melhora de 0,6 por cento para a perspectivas para o desempenho das empresas no trimestre encerrado em novembro ante o levantamento anterior, conforme dados da sondagem nacional do setor revelados nesta segunda pelo Sinduscon-SP.

Porém, o índice de 49,5 pontos em novembro é considerado indicativo de desempenho não favorável, por estar abaixo de 50 em uma escala de 0 a 100. Na comparação anual, houve queda de 4,5 por cento nas expectativas de desempenho das empresas.

Apesar do cenário mais fraco que o esperado em 2013, o Sinduscon-SP vê resultados melhores daqui para frente, com a construção civil crescendo 2,8 por cento em 2014 caso o PIB do país suba 2 por cento.

Segundo a entidade, o desempenho deverá ser puxado principalmente pelo aumento de obras de infraestrutura e pela recuperação no mercado imobiliário, especialmente na cidade de São Paulo, com o início de um novo ciclo para o setor.

Para o vice-presidente de economia do sindicato, Eduardo Zaidan, daqui em diante o desempenho será ditado por itens como renda, aumento no número de famílias e mobilidade espacial.

Atualizado às 14h07

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São Paulo - A indústria da construção civil do país deve crescer menos que o Produto Interno Bruto ( PIB ) em 2013, previu nesta segunda-feira o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, Sinduscon-SP, impactada pela atividade mais fraca do setor imobiliário e das obras de infraestrutura.

A estimativa é de avanço de 2 por cento para a construção civil no ano, ante previsão de alta de 2,5 por cento para o PIB. O Sinduscon-SP havia encerrado 2012 esperando crescimento de 3,5 a 4 por cento para a construção civil neste ano, em linha com o aumento então enxergado para o PIB.

"O ano de 2013 foi ruim para o Brasil e não só para a construção civil", disse a jornalistas o presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe. "O governo interveio demais na economia, que não deslanchou. Na construção, muitos investimentos foram suspensos porque o empresariado não enxergava crescimento da demanda suficiente", acrescentou.

O avanço menor do que o do conjunto da economia é considerado atípico pela entidade, que iniciou o ano contando com maior contribuição das obras de infraestrutura.

"O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) andou em ritmo mais lento ... e as concessões começaram agora, com um reflexo nas atividades do setor ocorrendo em no mínimo mais seis meses", disse a coordenadora de construção civil da FGV, Ana Maria Castelo.

Segundo a especialista, a contratação de trabalhadores também desacelerou no ano, pressionando as expectativas.

"Claramente vemos o final de um ciclo de obras na construção imobiliária. Obras iniciadas de 2008 a 2010 estão sendo entregues. Mas (o número de trabalhadores) em obras iniciais caiu no ano", afirmou Ana Maria.


Apesar do cenário mais fraco no setor, os custos de mão de obra, de materiais e equipamentos e de serviços seguiram em alta.

Os empresários da construção civil apontaram melhora de 0,6 por cento para a perspectivas para o desempenho das empresas no trimestre encerrado em novembro ante o levantamento anterior, conforme dados da sondagem nacional do setor revelados nesta segunda pelo Sinduscon-SP.

Porém, o índice de 49,5 pontos em novembro é considerado indicativo de desempenho não favorável, por estar abaixo de 50 em uma escala de 0 a 100. Na comparação anual, houve queda de 4,5 por cento nas expectativas de desempenho das empresas.

Apesar do cenário mais fraco que o esperado em 2013, o Sinduscon-SP vê resultados melhores daqui para frente, com a construção civil crescendo 2,8 por cento em 2014 caso o PIB do país suba 2 por cento.

Segundo a entidade, o desempenho deverá ser puxado principalmente pelo aumento de obras de infraestrutura e pela recuperação no mercado imobiliário, especialmente na cidade de São Paulo, com o início de um novo ciclo para o setor.

Para o vice-presidente de economia do sindicato, Eduardo Zaidan, daqui em diante o desempenho será ditado por itens como renda, aumento no número de famílias e mobilidade espacial.

Atualizado às 14h07

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