Exame Logo

Indústria brasileira de cartões cresce 23% no primeiro tri

O faturamento no setor totalizou R$ 178,5 bilhões, informou a Abecs

A indústria brasileira de cartões fechou o primeiro trimestre com faturamento 23% superior ao registrado no mesmo período de 2011 (Bobby Yip/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 14h30.

São Paulo - A indústria brasileira de cartões fechou o primeiro trimestre com faturamento 23 por cento superior ao registrado no mesmo período de 2011, totalizando 178,5 bilhões de reais, informou nesta terça-feira a Abecs, associação que representa o setor.

Por modalidade, o segmento de cartões de crédito teve expansão de 23 por cento ano a ano, para 103 bilhões de reais. Já o faturamento com cartões de débito avançou 25 por cento, para 54 bilhões de reais. Os cartões de lojas, por sua vez, movimentaram 15 por cento mais na mesma comparação.

Em volume de transações, a alta anual registrada pelo setor foi de 18 por cento, para 2,2 bilhões de compras.

Segundo o presidente da Abecs, Claudio Yamaguti, o movimento refletiu a gradual substituição de outros meios de pagamento, como cheques e dinheiro, maiores gastos de brasileiros no exterior e o aumento do nível de emprego e renda.

No final de março, o total de cartões em circulação chegou a 704 milhões de unidades, avanço anual de 9 por cento.

O resultado do trimestre só não foi melhor devido ao desempenho mais fraco do consumo no período, refletindo a atividade econômica mais fraca no país, segundo o executivo. Em 2011, o segmento tivera expansão de 24 por cento. A expectativa da Abecs é de que o setor cresça cerca de 20 por cento este ano.

"Tem muito varejista reclamando que as vendas não foram boas; a inadimplência subiu e as pessoas estão preferindo pagar contas atrasadas antes de voltar às compras", disse Yamaguti à Reuters.

Segundo ele, a atividade no setor pode crescer nos próximos meses, mas com pouco reflexo das medidas de estímulo ao consumo anunciadas na véspera pelo governo, assim como dos cortes de juros implementados pelos bancos desde o mês passado.

Para o presidente da Abecs, uma eventual migração dos consumidores para linhas de crédito mais baratas, como o consignado, pode inclusive desacelerar transações típicas de financiamento com cartões de crédito, como o crédito rotativo.


Gastos no exterior

Os gastos de brasileiros com cartões de crédito no exterior somaram o equivalente a 5,5 bilhões de reais entre janeiro e março, montante 7 por cento superior ante igual período do ano passado, mas em ritmo bem inferior à média no país.

De acordo com Yamaguti, a Abecs estuda pedir ao governo que volte atrás na medida que elevou, em março de 2011, a alíquota de IOF para as compras com cartão de crédito no exterior de 2,38 para 6,38 por cento.

O objetivo na época foi desestimular essas compras, em meio à valorização do real contra o dólar. Agora, com cada dólar acima de 2 reais, a entidade considera retomar o assunto. "Mas, por enquanto, é um negócio interno, ainda não vamos propor nada", acrescentou Yamaguti.

Veja também

São Paulo - A indústria brasileira de cartões fechou o primeiro trimestre com faturamento 23 por cento superior ao registrado no mesmo período de 2011, totalizando 178,5 bilhões de reais, informou nesta terça-feira a Abecs, associação que representa o setor.

Por modalidade, o segmento de cartões de crédito teve expansão de 23 por cento ano a ano, para 103 bilhões de reais. Já o faturamento com cartões de débito avançou 25 por cento, para 54 bilhões de reais. Os cartões de lojas, por sua vez, movimentaram 15 por cento mais na mesma comparação.

Em volume de transações, a alta anual registrada pelo setor foi de 18 por cento, para 2,2 bilhões de compras.

Segundo o presidente da Abecs, Claudio Yamaguti, o movimento refletiu a gradual substituição de outros meios de pagamento, como cheques e dinheiro, maiores gastos de brasileiros no exterior e o aumento do nível de emprego e renda.

No final de março, o total de cartões em circulação chegou a 704 milhões de unidades, avanço anual de 9 por cento.

O resultado do trimestre só não foi melhor devido ao desempenho mais fraco do consumo no período, refletindo a atividade econômica mais fraca no país, segundo o executivo. Em 2011, o segmento tivera expansão de 24 por cento. A expectativa da Abecs é de que o setor cresça cerca de 20 por cento este ano.

"Tem muito varejista reclamando que as vendas não foram boas; a inadimplência subiu e as pessoas estão preferindo pagar contas atrasadas antes de voltar às compras", disse Yamaguti à Reuters.

Segundo ele, a atividade no setor pode crescer nos próximos meses, mas com pouco reflexo das medidas de estímulo ao consumo anunciadas na véspera pelo governo, assim como dos cortes de juros implementados pelos bancos desde o mês passado.

Para o presidente da Abecs, uma eventual migração dos consumidores para linhas de crédito mais baratas, como o consignado, pode inclusive desacelerar transações típicas de financiamento com cartões de crédito, como o crédito rotativo.


Gastos no exterior

Os gastos de brasileiros com cartões de crédito no exterior somaram o equivalente a 5,5 bilhões de reais entre janeiro e março, montante 7 por cento superior ante igual período do ano passado, mas em ritmo bem inferior à média no país.

De acordo com Yamaguti, a Abecs estuda pedir ao governo que volte atrás na medida que elevou, em março de 2011, a alíquota de IOF para as compras com cartão de crédito no exterior de 2,38 para 6,38 por cento.

O objetivo na época foi desestimular essas compras, em meio à valorização do real contra o dólar. Agora, com cada dólar acima de 2 reais, a entidade considera retomar o assunto. "Mas, por enquanto, é um negócio interno, ainda não vamos propor nada", acrescentou Yamaguti.

Acompanhe tudo sobre:Cartões de créditosetor-de-cartoes

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame