Berlim - O presidente da Federação da Indústria Alemã (BDI), Ulrich Grillo, defendeu nesta segunda-feira um aumento dos investimentos privados da Alemanha no Brasil, em discurso realizado em Hamburgo, durante o 32º encontro econômico entre os dois países.
Grillo pediu que o Brasil enfrente os desafios que podem prejudicar sua competitividade e ressaltou a necessidade de se eliminar as barreiras que ainda restringem o comércio bilateral.
O presidente da BDI se referiu aos "gargalos na infraestrutura de transporte, à falta de mão de obra especializada e à burocracia", e pediu para o Brasil atuar para impedir que as dificuldades não se traduzam em um aumento dos custos e afetem a competitividade.
O Brasil, ressaltou Grillo, é o principal parceiro comercial da Alemanha na América Latina e a contribuição das empresas germânicas ao Produto Interno Bruto (PIB) do país chega a 8%.
Segundo sua opinião, os investimentos também receberão um impulso quando for assinado o tratado que evitará a dupla tributação e que, advertiu, está atrasado.
O presidente da DBI defendeu ainda o relançamento das negociações do tratado de livre-comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul.
Segundo o representante da indústria alemã, faz quase quinze anos que começaram as conversas em torno de um tratado que, quando for aprovado, beneficiará todas as partes.
No caso concreto do Brasil, o acordo aumentaria as exportações nacionais em 15%, segundo o Grillo.
O Encontro Econômico Brasil-Alemanha são um dos principais eventos nas relações bilaterais entre os dois países e contam nesta edição com a participação de mais de 600 representantes do mundo empresarial e da política.
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1. Dinheiro que vem de fora
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1/11 (Jo Yong hak/Reuters)
São Paulo – Apesar da
crise econômica global, o Brasil não deixou de receber aplicações de outros países em 2011 e foi um dos principais destinos de
Investimento Estrangeiro Direto (IED) no ano passado. Segundo dados copilados pela Ernst & Young Terco, o número de projetos no Brasil cresceu 39% entre 2010 e o ano passado, para 507 projetos. Por esse critério, o Brasil foi o quinto país que mais recebeu projetos em 2011. O valor total investido foi de quase 63 bilhões de dólares. Considerando valor financeiro, o Brasil foi o segundo país que mais recebeu dinheiro de fora em 2011. A estimativa é que esses projetos tenham criado 161.166 empregos. A cidade que mais recebeu investimento estrangeiro, por número de projetos, foi São Paulo. Em seguida, ficaram o Rio de Janeiro e Curitiba. A maior parte dos investimentos veio das empresas dos Estados Unidos, que aplicaram 12,3 bilhões de dólares no país em 2011, em 149 projetos. Clique nas fotos ao lado e confira os países que mais investiram no Brasil em 2011 por número de projetos, segundo pesquisa da Ernst & Young.
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2. 1 - Estados Unidos
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2/11 (Clemmesen / SXC)
Número de projetos: 149 Crescimento ante 2010: 43% Valor aplicado: US$ 12,358 bilhões O ranking está por ordem de número de projetos. No caso dos Estados Unidos, vale ressaltar que o país foi o primeiro também em valor absoluto investido e em empregos gerados no Brasil, com a criação de 35.195 vagas. Segundo a E&Y, parte disso se explica pela proximidade geográfica do país e pela existência de acordos comerciais entre as nações.
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3. 2 - Reino Unido
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3/11 (Daniel Berehulak/Getty Images)
Número de projetos: 45 Crescimento ante 2010: 125% Valor aplicado: US$ 12,248 bilhões A região criou 21.040 empregos no Brasil e, segundo a pesquisa, os setores preferidos dos britânicos foram serviços empresariais, transformação industrial, mineração e metais e tecnologia da informação e comunicação.
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4. 3 - Espanha
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4/11 (Denis Doyle/Getty Images)
Número de projetos: 37 Crescimento ante 2010: 3% Valor aplicado: US$ 4,483 bilhões No olho do furacão da crise, as empresas espanholas não deixaram de investir no Brasil. Segundo a E&Y, Brasil e Espanha têm fortes laços facilitados por cultura e língua parecidas, o que incentivou as aplicações.
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5. 4 - Alemanha
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5/11 (Wikimedia Commons)
Número de projetos: 36 Crescimento ante 2010: 9% Valor aplicado: US$ 3,045 bilhões Como lembra a E&Y em seu relatório, o Brasil tem aumentado o diálogo com a Alemanha e convidou o país para investir em infraestrutura no momento em que se prepara para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. Segundo a E&Y, o Brasil também pretende atrair investimento alemão para explorar suas reservas de petróleo em águas profundas. Além disso, a Alemanha estuda a expansão de investimentos nas áreas de defesa e energia.
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6. 5 - Japão
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6/11 (Kazuhiro Nogi/AFP)
Número de projetos: 36 Crescimento ante 2010: 57% Valor aplicado: US$ 4,954 bilhões Para a E&Y, por ser um país com alguma escassez de energia, o Japão tem necessidade de recursos naturais e vem para o Brasil. Além disso, a expectativa do Brasil de buscar alta tecnologia cria uma parceria estratégica com o país asiático.
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7. 6 – França
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7/11 (Wikimedia Commons)
Número de projetos: 26 Crescimento ante 2010: 44% Valor aplicado: US$ 4,899 bilhões
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8. 8 – China
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8/11 (Feng Li/Getty Images)
Número de projetos: 17 Crescimento ante 2010: 70% Valor aplicado: US$ 4,487 bilhões Embora seja o oitavo que mais investiu em número de projetos, a China é o quinto maior investidor global no país quando o assunto é valor absoluto aplicado. A criação de empregos no país também foi alta em 2011, com 9.049 vagas.
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9. 9 - Itália
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9/11 (Creative Commons/ NaturalBlu)
Número de projetos: 15 Crescimento ante 2010: 150% Valor aplicado: US$ 1,832 bilhão
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10. 10 – Canadá
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10/11 (Wikimedia Commons)
Número de projetos: 13 Crescimento ante 2010: 18% Valor aplicado: US$ 1,002 bilhão
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11. Agora veja onde estão as maiores fortunas pessoais do mundo
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11/11 (Divulgação)