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Indicados ao BC mostram políticas audaciosas e cautela

Os dois indicados pelo governo japonês para os cargos de vice-presidentes do Banco do Japão, banco central do país, ofereceram visões políticas divergentes

Sede do Banco do Japão (BoJ) em Tóquio: Iwata descreveu o caminho para atingir a meta de inflação e Nakaso se recusou a se comprometer com medidas de política não-convencionais (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)
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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 11h02.

Tóquio - Os dois indicados pelo governo japonês para os cargos de vice-presidentes do Banco do Japão , banco central do país, ofereceram visões políticas divergentes nesta terça-feira, já que um descreveu o caminho para atingir a meta de inflação e o outro se recusou a se comprometer com medidas de política não-convencionais.

As visões diferentes poderiam levantar questões sobre quão agressivo o banco central será, uma vez que o primeiro-ministro Shinzo Abe pressiona uma renovação da administração do banco para encorajar medidas monetárias mais audaciosas para acabar com anos de deflação.

O indicado Kikuo Iwata, um acadêmico cuja pesquisa foca em meta de inflação, sugeriu que o BC japonês devesse comprar títulos governamentais com o vencimento mais longo para alcançar a meta de 2 por cento de inflação em dois anos ou antes.

Ele disse que o BC deveria mirar títulos com o vencimento de cinco anos ou mais e que estava disposto a colocar essa ação em prática. Atualmente, o banco japonês compra títulos de até três anos de vencimento.

Em contraste, Hiroshi Nakaso, que fez carreira no Banco do Japão, disse que "é difícil" dizer se o banco central pode atingir sua meta inflacionária em dois anos e que há limites para o que a política monetária pode fazer para acabar com quase 20 anos de deflação.

Os comentários de Iwata "mostram o seu comprometimento e forte determinação em alcançar o preço alvo," disse Yasuo Yamamoto, economista sênior no Instituto de Pesquisa Mizuho.

"Nakaso está tentando levar em consideração o que o governo espera, mas ele parece mais cauteloso em comparação" afirmou Yasuo.

Yamamoto também afirmou que a questão é saber se Nakaso e os outros membros da diretoria vão seguir as ordens mais agressivas de Haruhiko Kuroda, o indicado para presidente do banco central, e Iwata.

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As visões diferentes poderiam levantar questões sobre quão agressivo o banco central será, uma vez que o primeiro-ministro Shinzo Abe pressiona uma renovação da administração do banco para encorajar medidas monetárias mais audaciosas para acabar com anos de deflação.

O indicado Kikuo Iwata, um acadêmico cuja pesquisa foca em meta de inflação, sugeriu que o BC japonês devesse comprar títulos governamentais com o vencimento mais longo para alcançar a meta de 2 por cento de inflação em dois anos ou antes.

Ele disse que o BC deveria mirar títulos com o vencimento de cinco anos ou mais e que estava disposto a colocar essa ação em prática. Atualmente, o banco japonês compra títulos de até três anos de vencimento.

Em contraste, Hiroshi Nakaso, que fez carreira no Banco do Japão, disse que "é difícil" dizer se o banco central pode atingir sua meta inflacionária em dois anos e que há limites para o que a política monetária pode fazer para acabar com quase 20 anos de deflação.

Os comentários de Iwata "mostram o seu comprometimento e forte determinação em alcançar o preço alvo," disse Yasuo Yamamoto, economista sênior no Instituto de Pesquisa Mizuho.

"Nakaso está tentando levar em consideração o que o governo espera, mas ele parece mais cauteloso em comparação" afirmou Yasuo.

Yamamoto também afirmou que a questão é saber se Nakaso e os outros membros da diretoria vão seguir as ordens mais agressivas de Haruhiko Kuroda, o indicado para presidente do banco central, e Iwata.

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