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Indicadores dos EUA sinalizam o começo da recuperação

As boas notícias começam a aparecer com uma certa timidez nos Estados Unidos. As vendas no varejo do país tiveram uma leve alta em maio, prejudicadas pela fraca performance da receita com gasolina. Dados do Departamento de Comércio mostram que houve uma forte demanda por vestuário, móveis e aparelhos domésticos, mas no geral o relatório […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h25.

As boas notícias começam a aparecer com uma certa timidez nos Estados Unidos. As vendas no varejo do país tiveram uma leve alta em maio, prejudicadas pela fraca performance da receita com gasolina.

Dados do Departamento de Comércio mostram que houve uma forte demanda por vestuário, móveis e aparelhos domésticos, mas no geral o relatório mostrou um cenário fraco. As vendas subiram 0,1% no mês passado, para 308,78 bilhões de dólares, depois de registrar uma queda de 0,3% em abril.

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Sem computar as vendas dos automóveis, as vendas também subiram 0,1%, para 234,29 bilhões de dólares, após ter registrado queda de 0,9% no mês anterior. A queda nos preços do petróleo após o final da guerra contra o Iraque derrubou os custos da gasolina.

Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram na última semana, um segundo sinal em menos de uma semana de que as demissões podem estar diminuindo. Os pedidos iniciais medida do ritmo de demissões caiu em 17 mil para 430 mil pedidos na semana encerrada em 7 de junho, informou o Departamento de Trabalho, com dados já ajustados sazonalmente.

Outro dado revela que a economia do país está se recuperando de forma "turbulenta". Os empresários americanos aumentaram seus estoques pelo décimo segundo mês seguido em abril, mês em que as vendas tiveram a maior queda desde setembro de 2001.

O Departamento de Comércio informou que os estoques no varejo, na indústria e no atacado cresceram 0,1% em abril, seguindo a alta revisada de 0,3% em março. As vendas recuaram 1,5% em abril, depois de terem subido 1,7% em março. A relação estoques/vendas mede o tempo necessário para acabar com os estoques no ritmo atual de vendas e cresceu de 1,38 em março para 1,4 em abril.

Esses três dados divulgados nesta quarta-feira (12/6) combinam com a avaliação feita nesta terça-feira (11/6) pelo banco central americano (Federal Reserve). A ata do Beige Book (Livro Bege) de maio revelou que em todos os 12 distritos participantes houve recuperação na atividade econômica, porém modesta.

É dito também que a melhora das condições da economia, verificada nos últimos dois meses, se deve a dissipação das preocupações quanto ao efeito negativo da guerra contra o Iraque. Pois, consumidores, empresas e governo viram como positivo o desfecho rápido da guerra e agora voltaram suas atenções aos acontecimentos domésticos.

Do lado real da economia, ou seja, a performance efetiva apresentada pelos setores de atividade, o que se observou foi uma atividade crescente, entretanto, abaixo do verificado na mesma época do ano passado.

Já outros setores como serviços e construção civil destoaram dos demais. O setor da construção civil, por exemplo, apresentou performance além do esperado pelo mercado em abril em função das baixas taxas de juros para financiamento de imóveis novos.

Roger Fergunson, vice-presidente do Fed, disse achar baixa a probabilidade de o país passar por uma deflação. O mercado acredita que o governo deve baixar a taxa de juros de 1,25% para 1% para evitar isso.

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