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Indicador da FGV projeta geração maior de empregos

Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) teve alta de 2,1% em dezembro, sinal para uma retomada no ritmo de contratações

Funcionários trabalham na linha de montagem da Positivo: desemprego deve ser maior do que em 2013, mas ainda não deve refletir um desaquecimento no mercado (Cesar Ferrari/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 17h31.

Rio - A geração de vagas no mercado de trabalho deve ganhar fôlego no início deste ano, apontou a Fundação Getúlio Vargas ( FGV ). Em dezembro, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) teve alta de 2,1% contra novembro, o que sinaliza para uma retomada no ritmo de contratações.

"Pode ser uma boa notícia, porque o número de pessoal ocupado tem diminuído bastante", analisou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.

Apesar do otimismo, Barbosa Filho advertiu que pode haver mudança até que o novo cenário apareça nos dados. "Tudo parece positivo, parece que haverá aumento na contratação nos próximos meses, mas isso pode ser mais uma vez frustrado como ocorreu nos anos anteriores. Essa tendência de aumento pode se reverter."

Mesmo com geração maior de vagas, o desemprego (com ajuste sazonal) deve aumentar nos próximos meses, ainda que permaneça em patamares historicamente baixos. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) aumentou 1,2% em dezembro ante novembro.

Barbosa Filho afirma que a dinâmica não é tão forte quanto antes. "Quem tem ditado a dinâmica do desemprego tem sido a PEA (População Economicamente Ativa). O quão apertado está o mercado de trabalho, já que o ritmo é dado por pessoas que não estão nele? Mercado de trabalho aquecido é com muita gente e muita geração de vagas", ressaltou, em referência ao número cada vez maior de jovens que não querem trabalhar - o que contribui para a redução de desemprego, uma vez que eles não entram na estatística dos que estão em busca de uma vaga.

Em 2014, o desemprego deve ser maior do que em 2013, mas ainda não deve refletir um desaquecimento no mercado de trabalho. Para o economista, uma elevação na desocupação pode fazer com que a média deste ano se aproxime de 6%, contra os 5,5% esperados para o ano passado.

"O ciclo eleitoral deve ser mais suave, talvez o governo não possa fazer aquele impulso fiscal que se fez em 2010 (que estimularia o emprego). As condições não são tão propícias para isso. Mas a Copa do Mundo deve gerar empregos temporários. Não espero nenhuma elevação de absurda do desemprego", disse.

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Rio - A geração de vagas no mercado de trabalho deve ganhar fôlego no início deste ano, apontou a Fundação Getúlio Vargas ( FGV ). Em dezembro, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) teve alta de 2,1% contra novembro, o que sinaliza para uma retomada no ritmo de contratações.

"Pode ser uma boa notícia, porque o número de pessoal ocupado tem diminuído bastante", analisou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.

Apesar do otimismo, Barbosa Filho advertiu que pode haver mudança até que o novo cenário apareça nos dados. "Tudo parece positivo, parece que haverá aumento na contratação nos próximos meses, mas isso pode ser mais uma vez frustrado como ocorreu nos anos anteriores. Essa tendência de aumento pode se reverter."

Mesmo com geração maior de vagas, o desemprego (com ajuste sazonal) deve aumentar nos próximos meses, ainda que permaneça em patamares historicamente baixos. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) aumentou 1,2% em dezembro ante novembro.

Barbosa Filho afirma que a dinâmica não é tão forte quanto antes. "Quem tem ditado a dinâmica do desemprego tem sido a PEA (População Economicamente Ativa). O quão apertado está o mercado de trabalho, já que o ritmo é dado por pessoas que não estão nele? Mercado de trabalho aquecido é com muita gente e muita geração de vagas", ressaltou, em referência ao número cada vez maior de jovens que não querem trabalhar - o que contribui para a redução de desemprego, uma vez que eles não entram na estatística dos que estão em busca de uma vaga.

Em 2014, o desemprego deve ser maior do que em 2013, mas ainda não deve refletir um desaquecimento no mercado de trabalho. Para o economista, uma elevação na desocupação pode fazer com que a média deste ano se aproxime de 6%, contra os 5,5% esperados para o ano passado.

"O ciclo eleitoral deve ser mais suave, talvez o governo não possa fazer aquele impulso fiscal que se fez em 2010 (que estimularia o emprego). As condições não são tão propícias para isso. Mas a Copa do Mundo deve gerar empregos temporários. Não espero nenhuma elevação de absurda do desemprego", disse.

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