Incerteza política ameaça recuperação, dizem economistas
A avaliação é dos economistas Demian Fiocca, diretor da MARE Investimentos, Ernani Torres, professor da UFRJ, e Leonardo Weller, professor da FGV
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2016 às 10h56.
Desde o início do ano, o horizonte da economia brasileira aponta para a recuperação do investimento e do emprego , mas a turbulência política , com fatos cada vez mais inesperados, atrapalham as previsões retomada do crescimento.
A avaliação é dos economistas Demian Fiocca, diretor da MARE Investimentos, Ernani Torres, professor do Instituto de Economia da UFRJ, e Leonardo Weller, professor da Escola de Economia da FGV de São Paulo.
Os três foram os convidados do programa Brasilianas.org, que foi ao ar ontem à noite, na TV Brasil.
“Vejo vários elementos para uma estabilizaçao até o final desse ano e uma recuperação no ano que vem: taxa de câmbio melhor, inflação caindo, capacidade ociosa, sem custos adicionais”, disse Fiocca.
No entanto, “essa exacerbação e até incerteza nos deixa em suspenso sobre a recuperação. Havendo um grau excessivo de incerteza, nos próximos passos, mantém-se a pressão negativa.”
Para Weller, de fato a recessão proporciona “um colchão para crescer”, mas mesmo com a capacidade ociosa disponível para uma recuperação da produção a curto prazo com baixo custo, essa via será rapidamente esgotada.
“Para falar num crescimtno a longo prazo é preciso falar de oferta. A produtividade precisa crescer de alguma forma.”
Torres concorda com certo otimismo em relação à recuperação do crescimento econômico, embora tenha apontado “duas bombas” que, em sua avaliação, devem ser resolvidas antes que fujam ao controle: a dívida dos estados, que ameaça se tornar um fardo pesado para toda a sociedade; e a atenção com a saúde do balanço dos bancos brasileiros, que apesar do vigor atual podem vir a ter problemas caso as empresas brasileiras não se recuperem rapidamente.
De acordo com pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira, como um todo, recuou 11,4% em março em relação ao mesmo mês do ano passado.
Mas há indícios de melhora em alguns setores: 12 dos 14 ramos econômicos da produção industrial investigados pelo instituto apresentaram leve crescimento na passagem de fevereiro para março deste ano.
Desde o início do ano, o horizonte da economia brasileira aponta para a recuperação do investimento e do emprego , mas a turbulência política , com fatos cada vez mais inesperados, atrapalham as previsões retomada do crescimento.
A avaliação é dos economistas Demian Fiocca, diretor da MARE Investimentos, Ernani Torres, professor do Instituto de Economia da UFRJ, e Leonardo Weller, professor da Escola de Economia da FGV de São Paulo.
Os três foram os convidados do programa Brasilianas.org, que foi ao ar ontem à noite, na TV Brasil.
“Vejo vários elementos para uma estabilizaçao até o final desse ano e uma recuperação no ano que vem: taxa de câmbio melhor, inflação caindo, capacidade ociosa, sem custos adicionais”, disse Fiocca.
No entanto, “essa exacerbação e até incerteza nos deixa em suspenso sobre a recuperação. Havendo um grau excessivo de incerteza, nos próximos passos, mantém-se a pressão negativa.”
Para Weller, de fato a recessão proporciona “um colchão para crescer”, mas mesmo com a capacidade ociosa disponível para uma recuperação da produção a curto prazo com baixo custo, essa via será rapidamente esgotada.
“Para falar num crescimtno a longo prazo é preciso falar de oferta. A produtividade precisa crescer de alguma forma.”
Torres concorda com certo otimismo em relação à recuperação do crescimento econômico, embora tenha apontado “duas bombas” que, em sua avaliação, devem ser resolvidas antes que fujam ao controle: a dívida dos estados, que ameaça se tornar um fardo pesado para toda a sociedade; e a atenção com a saúde do balanço dos bancos brasileiros, que apesar do vigor atual podem vir a ter problemas caso as empresas brasileiras não se recuperem rapidamente.
De acordo com pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira, como um todo, recuou 11,4% em março em relação ao mesmo mês do ano passado.
Mas há indícios de melhora em alguns setores: 12 dos 14 ramos econômicos da produção industrial investigados pelo instituto apresentaram leve crescimento na passagem de fevereiro para março deste ano.