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Importações de commodities pela China recuam pela demanda

As importações gerais da China em agosto caíram 13,8 por cento na comparação anual, muito mais que o esperado por analistas

Importações: as entregas de soja na China despencaram 18,1 por cento ante o recorde de julho, atingindo 7,78 milhões de toneladas (.)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 14h53.

Pequim - As importações chinesas das principais commodities caíram em agosto após máximas de vários meses em julho, sugerindo que os preços internacionais baixos não estão mais sendo suficientes para motivar compradores a elevar estoques, em um momento de declínio sazonal da demanda e fraqueza das indústrias de processamento.

Os dados tornam mais nebulosa a perspectiva para exportações para a segunda maior economia do planeta, em commodities como minério de ferro, petróleo, carvão e soja, especialmente porque a desvalorização do iuan continua a corroer as vantagens competitivas dos fornecedores internacionais.

As importações gerais da China em agosto caíram 13,8 por cento na comparação anual, muito mais que o esperado por analistas, enquanto as exportações ficaram ligeiramente acima do projetado pelo mercado, recuando 5,5 por cento na comparação com o mesmo mês de 2014.

As entregas de soja na China despencaram 18,1 por cento ante o recorde de julho, atingindo 7,78 milhões de toneladas. Contudo, o número é 29 por cento maior do que em agosto do ano passado, com volumes recordes de grãos baratos da América do Sul continuando a chegar ao país asiático.

"Há preocupações de que a desvalorização do iuan e a volatilidade no mercado de ações da China estejam tendo um impacto, mas ainda são números muito fortes", disse o economista agrícola sênior do ANZ Bank, Paul Deane.

As entregas deverão cair até que a oferta dos Estados Unidos, segundo maior exportador mundial, comece a chegar ao mercado em meados de novembro.

Em 11 de agosto a China modificou sua taxa cambial, tornando as commodities precificadas em dólar mais caras para detentores de iuanes. Pequenos ajustes em preços fazem toda a diferença em setores como o carvão, onde produtores internacionais de baixo custo têm conseguido sufocar rivais domésticos em um mercado em queda.

As importações chinesas de carvão caíram quase 18 por cento ante a máxima de 10 meses registrada em julho. No minério de ferro, que teve entregas recordes em julho de 2015, os volumes caíram mais que o esperado em agosto.

Houve recuo de 14 por cento no mês, com siderúrgicas chinesas sofrendo os efeitos de uma fraca demanda e baixos preços de aço.

As importações de petróleo bruto alcançaram 6,26 milhões de barris por dia em agosto, queda de 13,4 por cento ante o mês anterior.

Um operador sênior sugeriu que importadores que lucram com o financiamento das commodities e não com as negociações físicas deverão reduzir suas compras, após a desvalorização cambial.

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Pequim - As importações chinesas das principais commodities caíram em agosto após máximas de vários meses em julho, sugerindo que os preços internacionais baixos não estão mais sendo suficientes para motivar compradores a elevar estoques, em um momento de declínio sazonal da demanda e fraqueza das indústrias de processamento.

Os dados tornam mais nebulosa a perspectiva para exportações para a segunda maior economia do planeta, em commodities como minério de ferro, petróleo, carvão e soja, especialmente porque a desvalorização do iuan continua a corroer as vantagens competitivas dos fornecedores internacionais.

As importações gerais da China em agosto caíram 13,8 por cento na comparação anual, muito mais que o esperado por analistas, enquanto as exportações ficaram ligeiramente acima do projetado pelo mercado, recuando 5,5 por cento na comparação com o mesmo mês de 2014.

As entregas de soja na China despencaram 18,1 por cento ante o recorde de julho, atingindo 7,78 milhões de toneladas. Contudo, o número é 29 por cento maior do que em agosto do ano passado, com volumes recordes de grãos baratos da América do Sul continuando a chegar ao país asiático.

"Há preocupações de que a desvalorização do iuan e a volatilidade no mercado de ações da China estejam tendo um impacto, mas ainda são números muito fortes", disse o economista agrícola sênior do ANZ Bank, Paul Deane.

As entregas deverão cair até que a oferta dos Estados Unidos, segundo maior exportador mundial, comece a chegar ao mercado em meados de novembro.

Em 11 de agosto a China modificou sua taxa cambial, tornando as commodities precificadas em dólar mais caras para detentores de iuanes. Pequenos ajustes em preços fazem toda a diferença em setores como o carvão, onde produtores internacionais de baixo custo têm conseguido sufocar rivais domésticos em um mercado em queda.

As importações chinesas de carvão caíram quase 18 por cento ante a máxima de 10 meses registrada em julho. No minério de ferro, que teve entregas recordes em julho de 2015, os volumes caíram mais que o esperado em agosto.

Houve recuo de 14 por cento no mês, com siderúrgicas chinesas sofrendo os efeitos de uma fraca demanda e baixos preços de aço.

As importações de petróleo bruto alcançaram 6,26 milhões de barris por dia em agosto, queda de 13,4 por cento ante o mês anterior.

Um operador sênior sugeriu que importadores que lucram com o financiamento das commodities e não com as negociações físicas deverão reduzir suas compras, após a desvalorização cambial.

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