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Ilan estima que inflação chegará ao nível mais fraco no 3º tri

Presidente do BC projetou que a alta dos preços retomará força nos últimos meses do ano, porém ainda terminará 2017 abaixo do centro da meta

Ilan Goldfajn: "essa ida e volta da inflação mexe muito com indicadores mensais, mas não mexe para o ano nem para a política monetária" (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2017 às 10h02.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, destacou nesta terça-feira a evolução favorável da inflação no Brasil, estimando que ela chegará ao seu nível mais baixo no terceiro trimestre.

Ao participar de evento em São Paulo, Ilan projetou que a alta dos preços retomará força nos últimos meses do ano, porém ainda terminará 2017 abaixo do centro da meta do governo, de 4,5 por cento pelo IPCA.

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Em março, o IPCA desacelerou a alta a 0,25 por cento ante o mês anterior, acumulando em 12 meses avanço de 4,57 por cento, nível mais fraco desde agosto de 2010.

Segundo Ilan, a inflação enfrentará alguma volatilidade em abril e maio devido ao impacto dos encargos provenientes da usina Angra III, mas isso não afetará o resultado em 12 meses.

"Essa ida e volta da inflação mexe muito com indicadores mensais, mas não mexe para o ano nem para a política monetária", disse ele.

Ilan enfatizou o fato de as expectativas de inflação estarem ancoradas neste momento, o que, junto ao elevado grau de ociosidade da economia, traz um cenário para o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de antecipação do ciclo de afrouxamento monetário.

O BC cortou a Selic em 1 ponto percentual na quarta-feira passada, acelerando o passo. A ata desse encontro divulgada nesta terça-feira mostrou que os membros chegaram a discutir que a conjuntura econômica já permitiria corte maior na taxa básica de juros, mas acabou optando por redução mais modesta em função do cenário de incertezas e riscos.

O presidente do BC voltou a destacar o cenário de incerteza externa dando como exemplo a saída do Reino Unido da União Europeia e as eleições presidenciais na França. Mas afirmou que o Brasil tem se beneficiado de uma recuperação econômica cíclica externa e que a agenda de reformas internas também é favorável.

"A política econômica doméstica mudou de direção, as reformas já mostram resultados positivos", afirmou, destacando que o risco-Brasil diminuiu.

Porém, ele lembrou que a aprovação e a implementação das reformas, notadamente as de cunho fiscal, também trazem um cenário de incertezas.

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