O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) acelerou novamente em maio e fechou o mês em 1,31%. A taxa foi 0,1 ponto percentual maior que a de abril (1,21%) e 0,18 ponto percentual maior que a de março (1,13%). O resultado foi puxado pelos custos da construção civil e do atacado. Os preços ao consumidor reduziram o ritmo de alta. Apurado pela Fundação Getúlio Vargas, o IGP-M acumula aumento de 5,33% no ano e de 7,04% nos últimos 12 meses encerrados em maio.

O IGP-M é uma composição de três índices: Índice de Preços por Atacado (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC). Neste mês, o IPA atingiu 1,52%, abaixo do registrado em abril, quando foi de 1,65%. O aumento dos bens de produção (1,99%) foi o que mais pesou sobre o IPA em maio, mas a desaceleração dos bens de consumo para 0,60%, ante 1,35% em abril, impediu que o índice ultrapasse o do último mês. Já o IPC apontou alta de 0,59% e ficou acima do de abril (0,31%). A alta dos preços de alimentos (0,86%), vestuário (0,86%) e saúde (0,98%) foram os principais responsáveis pelo avanço.

O INCC subiu 1,74%, ante 0,60% em abril. No mês passado, o índice teve uma variação pequena em razão da ausência de dissídios salariais, fazendo com que o custo da mão-de-obra não pesasse na conta. Em maio, contudo, os reajustes salariais elevaram o desembolso com a folha de pagamento em 2,05% e puxaram o INCC. Os materiais de construção e serviços, outro componente do indicador, também aceleraram para 1,47%, ante 1,16% em abril.