A inflação medida pelo IGP-M de maio registrou a primeira deflação desde maio de 1999. Impulsionado pelo IPA (Índice de Preços no Atacado), o índice chegou a -0,26% no mês, contra a medição de 0,92% em abril. O IPA tem peso de 60% no conjunto do IGP-M. A queda do IPA é a maior desde setembro de 1995, quando houve deflação de 1,58%. A deflação está em linha com as expectativas do mercado, que já previa que a queda dos preços ao consumidor seria poluída pela alta do custo da construção. Os analistas mais pessimistas previam estabilidade do índice no mês.

Além dos preços no atacado, que caiu 1,11%, o componente transportes, dos preços ao consumidor, também registrou variação negativa de 0,16%. De todo o índice, o que mais pressionou a inflação no mês foi o Índice Nacional do Custo da Construção, de 2,98%. O peso do INCC é de 10%.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30%, fechou o mês em 0,83%. No acumulado do ano, o IGP-M soma 6,97% e, em doze meses, 31,53%.