O Índice Geral de Preços (IGP-10) referente ao período de 11 de setembro a 10 de outubro apresentou forte desaceleração, baixando de 1,25% no mês passado para 0,23% neste mês. Para a consultoria Globalstation, o resultado surpreendeu favoravelmente, com destaque para a desaceleração dos preços no atacado (que representam 60% do IGP-10) e para a deflação dos preços ao consumidor (cujo peso no IGP-10 é de 30%).

O atacado, que vinha sendo apontado por alguns analistas como um fator de preocupação, já que reajustes neste segmento tendem a ser repassados aos consumidores finais, apresentou sinais de trégua. O Índice de Preços por Atacado (IPA) baixou para 0,25% em outubro, contra 1,60% em setembro. Na decomposição do IPA, constata-se que os bens de consumo apresentaram deflação de 0,82%, contra um aumento de 1,05% no mês passado. Já os bens de produção apontaram alta de 0,78%, abaixo do 1,88% da comparação.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou deflação de 0,02% em outubro. No mês anterior, o indicador havia subido 0,49%. Na decomposição do IPC, verifica-se que a alimentação foi o item com maior queda de preços (-1,19%). Em setembro, os alimentos haviam subido 0,76%. O preço dos transportes também recuou 0,10%, contra um aumento de 1,04% no mês passado. Segundo a Globalstation, o segmento de transportes deve registrar altas nos próximos meses, devido ao repasse do reajuste dos combustíveis.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o único componente do IGP-10 que acelerou em outubro. O indicador apontou alta de 0,82%, contra 0,74% do mês passado. Os materiais de construção puxaram o aumento, com reajuste de 1,54%.