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IBGE estimará taxa de água em SP no cálculo da inflação

Instituto vai passar a estimar uma variação do subitem "taxa de água e esgoto" no cálculo da inflação em São Paulo

Medidor mostra o nível da água na represa de Jaguari, da Sabesp, próximo de Santa Isabel (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 22h02.

São Paulo - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) informou nesta sexta-feira, 30, que vai passar a estimar uma variação do subitem "taxa de água e esgoto" no cálculo da inflação em São Paulo, para captar o efeito dos descontos oferecidos para a Sabesp para os clientes que economizaram na conta de água.

A mudança passará a valer no IPCA e no INPC de maio e no IPCA-15 de julho. Para o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, a revisão da metodologia pelo IBGE irá gerar um impacto de baixa importante no IPCA de maio.

De acordo com Serrano, as estimativas do mercado devem cair de 5 a 10 pontos-base.

No caso específico do Besi, por exemplo, a estimativa antes dessa mudança era de que a inflação oficial deste mês ficasse em 0,43%. Agora, segundo Serrano, a instituição espera uma alta de 0,37%.

A mediana das estimativas para o IPCA de maio no Boletim Focus desta semana estava em 0,45%. "Certamente veremos uma revisão geral por parte do mercado.

Provavelmente não na Focus desta segunda-feira. Mas ao longo da semana, as projeções irão mudar", pontuou Serrano. Além disso, segundo ele, também haverá impacto no IPCA-15 de junho.

De acordo com Serrano, caso o desconto dado nas tarifas de água seja mantido até o fim do ano, também haverá um impacto de baixa no IPCA fechado de 2014.

O Besi, por exemplo, revisaria sua estimava de 6,4% para 6,3%. "Quando as tarifas voltarem ao normal, no entanto, haverá um efeito de alta no IPCA", ponderou.

Em uma nota com teor bastante técnico divulgada sem destaque no site da instituição, o IBGE diz que o cálculo padrão do subitem "taxa de água e esgoto" vem sendo mantido, mas passará a contar com um ponderador que expressa o porcentual de usuários que não reduziram o consumo de água em pelo menos 20%, que é o nível mínimo para obter o desconto.

Além disso, será criado um segundo cálculo, que terá um ponderador que expressa o porcentual de usuários que reduziram o consumo em pelo menos 20% e, com isso, adquiriram o desconto de 30% sobre o total da conta.

Para tanto, o IBGE vai utilizar os dados disponibilizados pela própria Sabesp, considerando a informação do mês anterior ao de referência do índice de preços.

No caso do IPCA e INPC de maio, por exemplo, o resultado do subitem taxa de água e esgoto do índice regional de São Paulo será obtido a partir da média ponderada das variações das duas contas.

Uma com desconto e ponderador equivalente a 39%, porcentual já disponível no site da Sabesp. A outra, sem desconto e, portanto, ponderador igual a 61%.

"Dessa forma, a estimativa da variação do subitem 'taxa de água e esgoto' estará refletindo os efeitos do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água", diz a nota do IBGE.

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São Paulo - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) informou nesta sexta-feira, 30, que vai passar a estimar uma variação do subitem "taxa de água e esgoto" no cálculo da inflação em São Paulo, para captar o efeito dos descontos oferecidos para a Sabesp para os clientes que economizaram na conta de água.

A mudança passará a valer no IPCA e no INPC de maio e no IPCA-15 de julho. Para o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, a revisão da metodologia pelo IBGE irá gerar um impacto de baixa importante no IPCA de maio.

De acordo com Serrano, as estimativas do mercado devem cair de 5 a 10 pontos-base.

No caso específico do Besi, por exemplo, a estimativa antes dessa mudança era de que a inflação oficial deste mês ficasse em 0,43%. Agora, segundo Serrano, a instituição espera uma alta de 0,37%.

A mediana das estimativas para o IPCA de maio no Boletim Focus desta semana estava em 0,45%. "Certamente veremos uma revisão geral por parte do mercado.

Provavelmente não na Focus desta segunda-feira. Mas ao longo da semana, as projeções irão mudar", pontuou Serrano. Além disso, segundo ele, também haverá impacto no IPCA-15 de junho.

De acordo com Serrano, caso o desconto dado nas tarifas de água seja mantido até o fim do ano, também haverá um impacto de baixa no IPCA fechado de 2014.

O Besi, por exemplo, revisaria sua estimava de 6,4% para 6,3%. "Quando as tarifas voltarem ao normal, no entanto, haverá um efeito de alta no IPCA", ponderou.

Em uma nota com teor bastante técnico divulgada sem destaque no site da instituição, o IBGE diz que o cálculo padrão do subitem "taxa de água e esgoto" vem sendo mantido, mas passará a contar com um ponderador que expressa o porcentual de usuários que não reduziram o consumo de água em pelo menos 20%, que é o nível mínimo para obter o desconto.

Além disso, será criado um segundo cálculo, que terá um ponderador que expressa o porcentual de usuários que reduziram o consumo em pelo menos 20% e, com isso, adquiriram o desconto de 30% sobre o total da conta.

Para tanto, o IBGE vai utilizar os dados disponibilizados pela própria Sabesp, considerando a informação do mês anterior ao de referência do índice de preços.

No caso do IPCA e INPC de maio, por exemplo, o resultado do subitem taxa de água e esgoto do índice regional de São Paulo será obtido a partir da média ponderada das variações das duas contas.

Uma com desconto e ponderador equivalente a 39%, porcentual já disponível no site da Sabesp. A outra, sem desconto e, portanto, ponderador igual a 61%.

"Dessa forma, a estimativa da variação do subitem 'taxa de água e esgoto' estará refletindo os efeitos do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água", diz a nota do IBGE.

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