Haddad e Tebet se reúnem com senadores para falar do Arcabouço fiscal; saiba o que está em jogo
Os ministros devem debater sobre a proposta do arcabouço fiscal, que ainda tem que ser votada pelos senadores
Redação Exame
Publicado em 15 de junho de 2023 às 07h18.
Última atualização em 15 de junho de 2023 às 07h42.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa nesta quinta-feira, 15, às 9h, de reunião com líderes do Senado, na Presidência da Casa. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também participa do encontro. Os ministros devem debater sobre a proposta do arcabouço fiscal , que ainda tem que ser votada pelos senadores.
Haddad e Tebet devem propor ajustes no projeto para evitar um corte de despesas de até R$ 40 bilhões em gastos de custeio da máquina pública e investimentos na proposta orçamentária de 2024, que será enviada ao Congresso Nacional no dia 31 de agosto.
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O próprio arcabouço fiscal prevê mecanismos que autorizam a recomposição desses valores no ano que vem em dois momentos, considerando a inflação registrada entre julho e dezembro deste ano e o aumento de receitas em 2024.
Como esses mecanismos de ajustes serão acionados no ano que vem, o projeto de lei orçamentária precisaria ser enviado com até R$ 40 bilhões de cortes. A avaliação é que politicamente seria delicado já iniciar o arcabouço com cortes. Por isso, as discussões para recompor as despesas já no projeto de lei orçamentária.
O relator do projeto na Casa, o senador Omar Aziz (PSD-AM), sinalizou que vai alterar a proposta e retirar do novo marco fiscal o Fundeb, o Fundo Constitucional do Distrito Federal e o piso da enfermagem. Aziz já está negociando com o presidente da Câmara, Arthur Lira, a volta do projeto. Ele também antecipou que o presidente Lula não poderá vetar os artigos relacionados aos pontos a serem modificados. O senador avalia que a inclusão do Fundeb, do Fundo do DF e do piso da enfermagem no marco aumenta o limite de gastos, mas pode afetar os valores em si.
"Quando você coloca o Fundeb, o Fundo Constitucional, o piso dos enfermeiros dentro do arcabouço, você amplia a base. Então, quando você amplia a base o percentual de 2,5% vai ser maior. Se você tem 2,5% de um é uma coisa e se tem 2,5% de dois é outra coisa, é maior. Então, se você ampliar a base esses 2,5%, mas na perspectiva que a gente vai crescer esses 2,5% sempre. E isso não é uma é ciência exata", disse o senador.
Quando o arcabouço fiscal será votado no Senado?
Omar Aziz pretende apresentar o relatório na Comissão de Assuntos Econômicos na terça-feira, 20, para votação na quarta-feira, 21, mesmo dia que poderá ser apreciado pelo Plenário. O governo Lula tem pressa na aprovação do novoarcabouço fiscalpor entender que a partir de então o Banco Central terá condições de reduzir a taxa básica de juros.