Guedes prevê que medida contra fraude na Previdência economizará R$30 bi
"Nos próximos 30 dias vamos estar soltando coisas simplificadoras", reforçou o ministro da Economia
Reuters
Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 19h50.
Última atualização em 3 de janeiro de 2019 às 13h26.
Brasília - O governo de Jair Bolsonaro dará foco a medidas infraconstitucionais para a economia nos próximos 30 dias, disse o ministro da área, Paulo Guedes , estimando que com uma única medida provisória para coibir fraudes na Previdência será possível economizar até 30 bilhões de reais anualmente.
"Pode ser entre 17 e 30 bilhões(reais) por ano só na base de identificar a fraude", afirmou ele em seu primeiro discurso como titular do superministério da Economia, acrescentando que a MP sairá em uma semana.
"Nos próximos 30 dias vamos estar soltando coisas simplificadoras", acrescentou ele, a respeito das estratégias para o primeiro mês no governo, quando o Legislativo ainda estará de férias.
Quando os parlamentares eleitos iniciarem o ano legislativo, em fevereiro, o foco será então na reforma da Previdência, que Guedes ressaltou ser o primeiro e maior gasto público do governo e, por isso, a prioridade número 1 da nova administração.
"Sem a reforma da Previdência sabemos que nós não sustentaremos o teto de gastos e teremos muita dificuldade de continuar persistindo na estratégia de ajuste gradual", disse.
Guedes apontou que o governo Bolsonaro vai trabalhar com três pilares: a reforma da Previdência, a aceleração das privatizações e, num terceiro fronte, a simplificação, redução e eliminação de impostos.
Se a reforma da Previdência for aprovada nos próximos meses, o Brasil terá uma década de crescimento pela frente, disse o ministro. Do contrário, o governo lançará mão de uma completa desindexação e desvinculação do orçamento.
"A hora é agora de enfrentar o problema fiscal", disse Guedes.
"Se for bem sucedido (desafio da Previdência), temos 10 anos de crescimento pela frente, se não for, temos sugestões também...você desindexa, desvincula e desobriga todas as despesas e receitas da União", disse.