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Guedes minimiza comentário sobre empregadas domésticas na Disney

Ministro da Economia afirmou que fala sobre câmbio não tinha viés pejorativo e foi tirada de contexto

Guedes: "Todo mundo tem que ir para Disneylândia. Mas não ir três, quatro vezes ao ano" (Diego Vara/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 16h26.

Rio de Janeiro — Dois dias após fazer comentários sobre o câmbio que contribuíram para uma alta do dólar, o ministro da Economia, Paulo Guedes , voltou a abordar o tema em evento empresarial reservado no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, disseram três fontes que participaram do encontro.

Segundo uma das fontes, Guedes afirmou que, ao dizer na quarta-feira que o dólar barato no passado permitiu que empregadas domésticas brasileiras viajassem à Disney, falava como alguém "egresso da academia", que gosta de ilustrar as falas com exemplos.

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Guedes também afirmou que sua fala anterior, que gerou polêmica, não tinha viés pejorativo e foi tirada de contexto.

Na quarta-feira, em evento no início da noite em Brasília, Guedes afirmou que, em um quadro de dólar a 1,80 real, as exportações caíam e o país tinha "todo mundo indo para Disneylândia, empregada doméstica indo para Disneylândia".

"Todo mundo tem que ir para Disneylândia conhecer Walt Disney. Mas não ir três, quatro vezes ao ano, até porque, com o dólar a 1,8 (real), tinha gente indo três vezes ao ano. Vai aqui para Foz do Iguaçu, Chapada da Diamantina, conhece um pouco do Brasil, conhece a selva amazônica e, da quarta vez, conhece a Disneylândia", afirmou na quarta.

"Então é só isso que digo. Mudamos o mix", acrescentou, em relação ao cenário atual de real mais desvalorizado e juros em patamar recorde de baixa.

Na quinta-feira, o dólar disparou contra o real logo na abertura, com os mercados reagindo à fala do ministro, antes de fechar em baixa após atuação do Banco Central.

Ainda segundos as fontes, Guedes também foi questionado por empresários que participavam do GRI Club Meeting nesta sexta sobre o ritmo de crescimento da economia. O ministro reforçou o compromisso com a agenda de reformas estruturais, privatizações e abertura do mercado de gás.

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