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Greve de caminhoneiros para 8 unidades de carnes; mais 30 devem parar

Segundo ABPA, protestos têm impedido a chegada de ração para criações, a retirada de carnes das fábricas e o transporte de animais para abate

Carnes: Santin diz que o setor não sentiu logo impactos da greve porque está com elevados estoques após embargos da UE (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)
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Reuters

Publicado em 22 de maio de 2018 às 18h23.

São Paulo - Oito unidades produtoras de carne suína e de aves do Brasil estão paradas devido a problemas decorrentes dos protestos de caminhoneiros iniciados na segunda-feira, afirmou à Reuters o vice-presidente e diretor de Mercados da Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

Segundo ele, os protestos têm impedido a chegada de ração para as criações, a retirada de carnes dos armazéns das fábricas e também a chegada de animais para abate.

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A maior parte das paralisações, que estão sendo registradas em vários Estados do Brasil, afeta as operações da indústria de aves, disse ele.

Santin explicou que o setor sentiu tão rapidamente os impactos da greve dos caminhoneiros porque está trabalhando com elevados estoques de carnes em função de recentes embargos da União Europeia.

De outro lado, a indústria tem trabalhado com baixos estoques de ração, devido ao alto custo do milho.

"Todo o sistema está comprometido, não tem como girar, o cara tem que parar a planta", afirmou.

Ele disse que as exportações de carne do Brasil, maior exportador global de carne de frango, serão impactadas negativamente pelos protestos, mas preferiu não fazer estimativas.

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