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Grécia não tem problema de liquidez, diz ministro

Yanis Varoufakis disse que o governo apresentará novo plano semana que vem

O ministro da Economia grego Yanis Varoufakis: a UE avisou que o tempo está se esgotando para evitar uma crise financeira na Grécia (Aris Messinis/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2015 às 13h56.

Atenas - A Grécia afirmou neste sábado que não tem problema de liquidez e que vai entregar aos parceiros da União Europeia um planejamento completo na semana que vem para possibilitar a transição para um novo acordo sobre sua dívida.

A UE avisou que o tempo está se esgotando para evitar uma crise financeira na Grécia.

O novo governo de esquerda em Atenas rejeitou a austeridade que foi forçada sobre o país pelo resgate da União Europeia/Fundo Monetário Internacional e, ao contrário, disse que deseja um "acordo ponte" até negociar um novo acordo.

"Vamos apresentar uma proposta completa na quarta-feira", disse o ministro de Finanças, Yanis Varoufakis, referindo-se à reunião entre os ministros de Finanças da zona do euro em Bruxelas nesse dia.

Varoufakis estava em uma reunião de gabinete convocada para preparar um programa de políticas do governo, o qual será apresentado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras ao Parlamento no domingo.

Na sexta-feira, Jeroen Dijsselbloem, que preside o Eurogrupo dos ministros das Finanças da zona do euro, disse à Reuters que a Grécia precisa pedir a extensão dos seus empréstimos até 16 de fevereiro para assegurar que a zona do euro continue ajudando o país financeiramente.

Isso é essencialmente uma extensão do atual resgate, o que a Grécia disse que não deseja e não aceitará. Trata-se de 7,2 bilhões de euros do resgate da UE/FMI, que o país diz não querer por causa dos compromissos com a austeridade que esse valor traz consigo.

Ao contrário, Atenas quer autoridade da zona do euro para emitir mais dívidas a curto prazo até um novo acordo ser realizado e receber lucros já combinados que o Banco Central Europeu e outros bancos centrais ganharam com títulos gregos.

A Grécia precisa lidar com o pagamento de juros em torno de 2 bilhões de euros em fevereiro e tem que pagar um empréstimo de 1,5 bilhão para o FMI em março.

Isso causou preocupação que o país poderia ficar sem dinheiro, mas o representante do governo responsável pelas contas da Grécia negou essa possibilidade.

"Durante o período das negociações, não haverá problema (de liquidez). Isso não significa que não pode haver problemas depois", disse o vice-ministro de Finanças, Dimitris Mardas, à emissora de televisão Mega TV.

Perguntado se o Estado poderia sofrer com a falta de liquidez se as conversas se arrastarem até maio, o ministro disse que não espera que as negociações sobre um novo acordo sejam tão longas.

"Mesmo que sejam, encontraremos o dinheiro", disse.

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Atenas - A Grécia afirmou neste sábado que não tem problema de liquidez e que vai entregar aos parceiros da União Europeia um planejamento completo na semana que vem para possibilitar a transição para um novo acordo sobre sua dívida.

A UE avisou que o tempo está se esgotando para evitar uma crise financeira na Grécia.

O novo governo de esquerda em Atenas rejeitou a austeridade que foi forçada sobre o país pelo resgate da União Europeia/Fundo Monetário Internacional e, ao contrário, disse que deseja um "acordo ponte" até negociar um novo acordo.

"Vamos apresentar uma proposta completa na quarta-feira", disse o ministro de Finanças, Yanis Varoufakis, referindo-se à reunião entre os ministros de Finanças da zona do euro em Bruxelas nesse dia.

Varoufakis estava em uma reunião de gabinete convocada para preparar um programa de políticas do governo, o qual será apresentado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras ao Parlamento no domingo.

Na sexta-feira, Jeroen Dijsselbloem, que preside o Eurogrupo dos ministros das Finanças da zona do euro, disse à Reuters que a Grécia precisa pedir a extensão dos seus empréstimos até 16 de fevereiro para assegurar que a zona do euro continue ajudando o país financeiramente.

Isso é essencialmente uma extensão do atual resgate, o que a Grécia disse que não deseja e não aceitará. Trata-se de 7,2 bilhões de euros do resgate da UE/FMI, que o país diz não querer por causa dos compromissos com a austeridade que esse valor traz consigo.

Ao contrário, Atenas quer autoridade da zona do euro para emitir mais dívidas a curto prazo até um novo acordo ser realizado e receber lucros já combinados que o Banco Central Europeu e outros bancos centrais ganharam com títulos gregos.

A Grécia precisa lidar com o pagamento de juros em torno de 2 bilhões de euros em fevereiro e tem que pagar um empréstimo de 1,5 bilhão para o FMI em março.

Isso causou preocupação que o país poderia ficar sem dinheiro, mas o representante do governo responsável pelas contas da Grécia negou essa possibilidade.

"Durante o período das negociações, não haverá problema (de liquidez). Isso não significa que não pode haver problemas depois", disse o vice-ministro de Finanças, Dimitris Mardas, à emissora de televisão Mega TV.

Perguntado se o Estado poderia sofrer com a falta de liquidez se as conversas se arrastarem até maio, o ministro disse que não espera que as negociações sobre um novo acordo sejam tão longas.

"Mesmo que sejam, encontraremos o dinheiro", disse.

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