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Grécia adota orçamento de austeridade pedido pela UE e FMI

O governo prevê um déficit de 5,2% do PIB em 2013 contra 6,6% este ano, e de 15,5% em 2009

O Parlamento grego adotou neste domingo o orçamento para 2013, que inclui uma economia de 9,4 bilhões de euros, reivindicado pela UE e pelo FMI (AFP / Louisa Gouliamaki)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 05h22.

Atenas - O Parlamento grego adotou neste domingo o orçamento para 2013, que inclui uma economia de 9,4 bilhões de euros, reivindicado pela UE e pelo FMI .

Mais de 150 dos 300 deputados apoiaram o projeto de orçamento, incluindo os legisladores dos três partidos da coalizão governamental que inclui a direita, os socialistas e a esquerda democrática, cumprindo assim uma etapa considerada necessária para continuar recebendo os empréstimos outorgados à Grécia pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional.

Durante o debate que antecedeu a votação, o ministro das Finanças, Yannis Sturnaras, disse que a aprovação do orçamento garante a entrega dos fundos.

"Afirmo categoricamente que a entrega (da ajuda) será feita imediatamente", informou o ministro.

Ele acrescentou que, após esse passo, a Grécia deve passar a se ocupar "com o crescimento e a recuperação".

A votação aconteceu apesar dos novos protestos convocados pelos sindicatos. Milhares de pessoas se reuniram diante do Parlamento para protestar contra o orçamento.

"Detenhamos a catástrofe, organizemos a queda" do governo, dizia um cartaz do principal partido opositor, o esquerdista Syriza.

Diante da indignação dos gregos - que vão ter novos cortes em seus salários, aposentadorias e terão que enfrentar um desemprego de 22,8%, que entre os jovens supera 50%-, Sturnaras, reconheceu os "sacrifícios dos cidadãos" que contribuíram para uma "redução importante do déficit público".


O governo prevê um déficit de 5,2% do PIB em 2013 contra 6,6% este ano, e de 15,5% em 2009, segundo Sturnaras.

Ele também pediu aos deputados para apoiar os objetivos orçamentários e prosseguir "o esforço para manter o país na zona do euro".

O ministro adjunto de Finanças, Christos Staikuras, anunciou que "pela primeira vez em anos, a Grécia poderia ter um excedente primário em 2013" e uma inflação de 0,8% contra 1,1% esperada para este ano.

A adoção do orçamento era esperada com impaciência na zona do euro, onde os ministros das Finanças se reúnem na segunda-feira em Bruxelas para examinar a situação da economia grega, cuja dívida cresce sem parar.

Após as duas linhas de crédito de 240 bilhões de euros concedidas por seus sócios, a dívida pública grega passará, no próximo ano, a 189,1% do PIB, ou seja, 346,2 bilhões de euros, contra 175,6% em 2012.

"A situação do país está no limite. A estabilidade do governo é a primeira condição necessária para sair da crise", declarou neste domingo, Evangelos Venizelos, chefe do partido socialista grego, Pasok, ao jornal Ethnos (centro-esquerda).

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Atenas - O Parlamento grego adotou neste domingo o orçamento para 2013, que inclui uma economia de 9,4 bilhões de euros, reivindicado pela UE e pelo FMI .

Mais de 150 dos 300 deputados apoiaram o projeto de orçamento, incluindo os legisladores dos três partidos da coalizão governamental que inclui a direita, os socialistas e a esquerda democrática, cumprindo assim uma etapa considerada necessária para continuar recebendo os empréstimos outorgados à Grécia pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional.

Durante o debate que antecedeu a votação, o ministro das Finanças, Yannis Sturnaras, disse que a aprovação do orçamento garante a entrega dos fundos.

"Afirmo categoricamente que a entrega (da ajuda) será feita imediatamente", informou o ministro.

Ele acrescentou que, após esse passo, a Grécia deve passar a se ocupar "com o crescimento e a recuperação".

A votação aconteceu apesar dos novos protestos convocados pelos sindicatos. Milhares de pessoas se reuniram diante do Parlamento para protestar contra o orçamento.

"Detenhamos a catástrofe, organizemos a queda" do governo, dizia um cartaz do principal partido opositor, o esquerdista Syriza.

Diante da indignação dos gregos - que vão ter novos cortes em seus salários, aposentadorias e terão que enfrentar um desemprego de 22,8%, que entre os jovens supera 50%-, Sturnaras, reconheceu os "sacrifícios dos cidadãos" que contribuíram para uma "redução importante do déficit público".


O governo prevê um déficit de 5,2% do PIB em 2013 contra 6,6% este ano, e de 15,5% em 2009, segundo Sturnaras.

Ele também pediu aos deputados para apoiar os objetivos orçamentários e prosseguir "o esforço para manter o país na zona do euro".

O ministro adjunto de Finanças, Christos Staikuras, anunciou que "pela primeira vez em anos, a Grécia poderia ter um excedente primário em 2013" e uma inflação de 0,8% contra 1,1% esperada para este ano.

A adoção do orçamento era esperada com impaciência na zona do euro, onde os ministros das Finanças se reúnem na segunda-feira em Bruxelas para examinar a situação da economia grega, cuja dívida cresce sem parar.

Após as duas linhas de crédito de 240 bilhões de euros concedidas por seus sócios, a dívida pública grega passará, no próximo ano, a 189,1% do PIB, ou seja, 346,2 bilhões de euros, contra 175,6% em 2012.

"A situação do país está no limite. A estabilidade do governo é a primeira condição necessária para sair da crise", declarou neste domingo, Evangelos Venizelos, chefe do partido socialista grego, Pasok, ao jornal Ethnos (centro-esquerda).

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