Governos locais do Japão rejeitam assumir custos de Tóquio 2020
Líderes pedem que seja respeitado o plano inicial do comitê organizador, pelo qual o comitê organizador assumiria o custo de todas as instalações
EFE
Publicado em 26 de dezembro de 2016 às 09h10.
Última atualização em 26 de dezembro de 2016 às 13h19.
Tóquio - Vários governos regionais e locais do Japão informaram nesta segunda-feira à organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, que não estão dispostos a assumir o custo da construção das instalações temporários para o evento esportivo.
Ao todo, seis prefeitos e quatro líderes de localidades próximas à capital expressaram essa postura em uma carta enviada hoje ao presidente do comitê organizador, Yoshiro Mori, e à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, com quem se reuniram.
Em particular, pedem que seja respeitado o plano inicial do comitê organizador, que havia se comprometido a assumir os custos da construção de todas as instalações.
Entre os líderes que assinaram a carta, estão os prefeitos de Saitama, Kanagawa e Chiba, cidades vizinhas da capital, assim como o de Sapporo, ao norte de Tóquio.
Em abril deste ano, o governo da Região Metropolitana de Tóquio e o comitê organizador decidiram modificar a estratégia e convocaram os líderes regionais de localidades que sediarão alguma disputa a bancar as instalações temporárias.
O comitê organizador afirmou na semana passada que o orçamento total para os Jogos Olímpicos chegará a entre 1,6 trilhão e 1,8 trilhão de ienes (de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões), maior que o que foi gasto no Rio 2016, que ficou perto de R$ 40 bilhões.
Desse montante, a organização 500 bilhões de ienes (R$ 13,95 bilhões), e o restante seria coberto pelos governos de Tóquio, o Executivo central e outras administrações.
A governadora da capital, que chegou ao cargo em julho, liderou várias iniciativas para revisar os planos de construção de novas instalações e seu financiamento.