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Governo segue debruçado em reforma que gere R$ 1 trilhão, diz Salim Mattar

O secretário de Desestatização está mais otimista do que economistas, que estão calculando uma economia de R$ 600 bilhões

Mattar: segundo ele, o governo busca uma reforma da Previdência "profunda" (Amanda Perobelli/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2019 às 15h36.

Última atualização em 3 de abril de 2019 às 15h44.

São Paulo — O secretário de Desestatização, Salim Mattar, afirmou que o governo segue debruçado em emplacar uma reforma da Previdência que gere ganhos de R$ 1 trilhão em dez anos, embora economistas renomados calculem a cifra em R$ 600 bilhões.

"Estamos convictos de que vamos conseguir. Existe muito barulho. Há a possibilidade de R$ 600 bilhões, mas ainda trabalhamos com cenário de R$ 1 trilhão", disse ele, durante palestra na sexta edição do Bradesco BBI Brazil Investment Forum, em São Paulo.

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Segundo Mattar, o governo busca uma reforma da Previdência "profunda" e com potencial suficiente para iniciar o processo de capitalização. "A reforma vai sair talvez mais cedo do que imaginávamos", afirmou Mattar.

Ele ainda rebateu a entrevista à Revista Veja, publicada no mês passado, e disse que não está frustrado. "Estou com cara de frustrado?", questionou a plateia presente.

Em entrevista à publicação, Mattar disse ter ficado "frustrado" com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de voltar atrás na intenção de privatizar a EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) e a EPL (Empresa de Planejamento e Logística), responsável pelo trem-bala.

"A privatização já está acontecendo. Não estou frustrado. Já vendemos (a refinaria de) Pasadena, aquele pesadelo; a distribuidora da Petrobras (BR)", destacou Mattar, acrescentando que o governo já movimentou US$ 943 milhões com privatizações em três meses do novo governo.

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