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Governo reduzirá projeção de crescimento para 2014

Segundo fonte, governo desistiu da previsão de crescimento de 4,5% do PIB e deve levar em conta a pesquisa Focus como referência

Fábrica em Jundiaí (SP): última pesquisa Focus do BC prevê expansão de apenas 2,5 por cento para a economia em 2014 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 19h48.

Brasílai - O governo vai reduzir a projeção de 4,5 por cento de crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB ) para 2014 na elaboração do Orçamento do próximo ano e usará como um dos parâmetros para calcular a nova taxa a pesquisa Focus do Banco Central, informou uma fonte do governo próxima à equipe econômica.

"Com certeza a previsão não será 4,5 por cento e a nova estimativa deve levar a pesquisa Focus como referência", disse a fonte em condição de anonimato.

A última pesquisa Focus do BC prevê expansão de apenas 2,5 por cento para a economia em 2014.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as bases para a elaboração do Orçamento, prevê crescimento de 4,5 por cento no próximo ano, e a redução dessa estimativa foi um dos assuntos da reunião desta tarde da Junta Orçamentária, da qual participaram a presidente Dilma Rousseff e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Miriam Belchior, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

De acordo com a fonte, a decisão do governo de piorar a estimativa de expansão da atividade para o próximo ano --o último da gestão da presidente Dilma-- leva em consideração as dificuldades enfrentadas neste ano para aquecer a economia. Considera, ainda, o cenário externo de dificuldade de expansão dos países avançados e das economias emergentes.

Os agentes econômicos têm avaliado que a economia brasileira ainda não deslanchou, entre outros, pela falta de confiança na atual política econômica.

O governo já reduziu também suas contas sobre a expansão de 2013. A primeira dela também era de 4,5 por cento e, após inúmeros estímulos dados --como desoneração da folha de pagamento das empresas e de incentivos ao consumo-- a economia não decolou e a projeção foi rebaixada para 3,5 por cento em abril.

Em julho, e já enfrentando os efeitos de uma crise de confiança dos agentes econômicos, a área econômica voltou a piorar a estimativa, reduzindo-a para 3 por cento. E em entrevista dada à Reuters em meados do mês passado, Mantega avaliou que a expansão este ano ficará entre 3 e 2,5 por cento.

Conforme informou a fonte, a nova previsão do PIB para 2014 constará da proposta do Orçamento da União para o próximo ano que o governo encaminhará ao Congresso até o fim desse mês.

Entre os parâmetros que serão usados para calcular a nova taxa constam, além da pesquisa Focus do BC, a previsão de crescimento da economia mundial para 2014, a estimativa para as exportações brasileiras, o nível de investimento e a capacidade de aumento do consumo.

Também será levado em conta o "carry over", ou seja, o efeito de carregamento do crescimento de 2013 para o próximo ano, que será menor do que o inicialmente esperado pelo governo.

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Brasílai - O governo vai reduzir a projeção de 4,5 por cento de crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB ) para 2014 na elaboração do Orçamento do próximo ano e usará como um dos parâmetros para calcular a nova taxa a pesquisa Focus do Banco Central, informou uma fonte do governo próxima à equipe econômica.

"Com certeza a previsão não será 4,5 por cento e a nova estimativa deve levar a pesquisa Focus como referência", disse a fonte em condição de anonimato.

A última pesquisa Focus do BC prevê expansão de apenas 2,5 por cento para a economia em 2014.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as bases para a elaboração do Orçamento, prevê crescimento de 4,5 por cento no próximo ano, e a redução dessa estimativa foi um dos assuntos da reunião desta tarde da Junta Orçamentária, da qual participaram a presidente Dilma Rousseff e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Miriam Belchior, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

De acordo com a fonte, a decisão do governo de piorar a estimativa de expansão da atividade para o próximo ano --o último da gestão da presidente Dilma-- leva em consideração as dificuldades enfrentadas neste ano para aquecer a economia. Considera, ainda, o cenário externo de dificuldade de expansão dos países avançados e das economias emergentes.

Os agentes econômicos têm avaliado que a economia brasileira ainda não deslanchou, entre outros, pela falta de confiança na atual política econômica.

O governo já reduziu também suas contas sobre a expansão de 2013. A primeira dela também era de 4,5 por cento e, após inúmeros estímulos dados --como desoneração da folha de pagamento das empresas e de incentivos ao consumo-- a economia não decolou e a projeção foi rebaixada para 3,5 por cento em abril.

Em julho, e já enfrentando os efeitos de uma crise de confiança dos agentes econômicos, a área econômica voltou a piorar a estimativa, reduzindo-a para 3 por cento. E em entrevista dada à Reuters em meados do mês passado, Mantega avaliou que a expansão este ano ficará entre 3 e 2,5 por cento.

Conforme informou a fonte, a nova previsão do PIB para 2014 constará da proposta do Orçamento da União para o próximo ano que o governo encaminhará ao Congresso até o fim desse mês.

Entre os parâmetros que serão usados para calcular a nova taxa constam, além da pesquisa Focus do BC, a previsão de crescimento da economia mundial para 2014, a estimativa para as exportações brasileiras, o nível de investimento e a capacidade de aumento do consumo.

Também será levado em conta o "carry over", ou seja, o efeito de carregamento do crescimento de 2013 para o próximo ano, que será menor do que o inicialmente esperado pelo governo.

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