Governo recuará de mudança no seguro-desemprego, diz Folha
Diante da pressão das centrais sindicais, governo Dilma vai sinalizar que novas regras anunciadas no final de 2014 devem ser modificadas, segundo jornal
João Pedro Caleiro
Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 09h45.
São Paulo - O governo vai recuar de algumas mudanças na concessão do seguro-desemprego , segundo reportagem da Folha de São Paulo publicada hoje.
Assessores presidenciais admitiram ao jornal que Dilma deve sinalizar o recuo na próxima reunião com as centrais sindicais no dia 03 de fevereiro.
A avaliação é que diante da pressão das centrais, a Medida Provisória não passaria no Congresso do jeito que está. A ideia era propor mudanças durante a tramitação, mas a situação ficou mais difícil diante das declarações do ministro Joaquim Levy de que o modelo do benefício é "ultrapassado".
As novas regras previam que a carência para o primeiro pedido subiria de 6 para 18 meses nos últimos 24 meses trabalhados. No segundo pedido, passaria de 6 para 12 meses nos últimos 16 meses trabalhados. A carência para o terceiro pedido ficava igual, em 6 meses.
A avaliação das centrais sindicais é que esta regra prejudicaria em especial os jovens recém-inseridos no mercado de trabalho, justamente em um ano no qual deve haver algum aumento do desemprego.
O pacote de mudanças nos benefícios trabalhistas, anunciado nos últimos dias de 2014, previa uma economia de R$ 9 bilhões por ano só com o seguro-desemprego e um corte equivalente nas despesas de abono salarial, seguro-defeso e pensão por morte.
A presidente deve usar a primeira reunião ministerial, a ser realizada hoje, para explicar a necessidade do ajuste fiscal e semear algum otimismo.
Ontem, a Folha revelou que as mudanças nos benefícios trabalhistas já haviam sido decididas antes da eleição pela equipe anterior do ex-ministro Guido Mantega.
O gasto do governo com seguro-desemprego explodiu na última década mesmo com o desemprego tendo atingido baixas históricas. Formalização, aumento do salário mínimo e rotatividade foram os fatores centrais.
São Paulo - O governo vai recuar de algumas mudanças na concessão do seguro-desemprego , segundo reportagem da Folha de São Paulo publicada hoje.
Assessores presidenciais admitiram ao jornal que Dilma deve sinalizar o recuo na próxima reunião com as centrais sindicais no dia 03 de fevereiro.
A avaliação é que diante da pressão das centrais, a Medida Provisória não passaria no Congresso do jeito que está. A ideia era propor mudanças durante a tramitação, mas a situação ficou mais difícil diante das declarações do ministro Joaquim Levy de que o modelo do benefício é "ultrapassado".
As novas regras previam que a carência para o primeiro pedido subiria de 6 para 18 meses nos últimos 24 meses trabalhados. No segundo pedido, passaria de 6 para 12 meses nos últimos 16 meses trabalhados. A carência para o terceiro pedido ficava igual, em 6 meses.
A avaliação das centrais sindicais é que esta regra prejudicaria em especial os jovens recém-inseridos no mercado de trabalho, justamente em um ano no qual deve haver algum aumento do desemprego.
O pacote de mudanças nos benefícios trabalhistas, anunciado nos últimos dias de 2014, previa uma economia de R$ 9 bilhões por ano só com o seguro-desemprego e um corte equivalente nas despesas de abono salarial, seguro-defeso e pensão por morte.
A presidente deve usar a primeira reunião ministerial, a ser realizada hoje, para explicar a necessidade do ajuste fiscal e semear algum otimismo.
Ontem, a Folha revelou que as mudanças nos benefícios trabalhistas já haviam sido decididas antes da eleição pela equipe anterior do ex-ministro Guido Mantega.
O gasto do governo com seguro-desemprego explodiu na última década mesmo com o desemprego tendo atingido baixas históricas. Formalização, aumento do salário mínimo e rotatividade foram os fatores centrais.