Exame Logo

Governo propõe pagamento de R$ 32,09 por hora trabalhada para motoristas de apps

Pela proposta, trabalhador terá remuneração de, ao menos, um salário-mínimo (R$ 1.412) e contribuição de 7,5% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

O projeto também determina que o período máximo de conexão do trabalhador a uma mesma plataforma não poderá ultrapassar 12 horas diárias (Cris Cantón/Getty Images)
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 4 de março de 2024 às 14h52.

Última atualização em 4 de março de 2024 às 18h23.

O governo enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar (PLC) para criardireitos mínimos para motoristas de aplicativos. A proposta cria a figura do“trabalhador autônomo por plataforma” e determina que a categoria receberá R$ 32,09 por hora de trabalho e remuneração de, ao menos, um salário-mínimo (R$ 1.412).

Além disso, o texto define uma contribuição do trabalhador de 7,5% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e outra de 20% paga pelas empresas.

Veja também

O projeto também determina que o período máximo de conexão do trabalhador a uma mesma plataforma não poderá ultrapassar 12 horas diárias. Para receber o piso nacional, o motorista deve realizar uma jornada de oito horas diárias efetivamente trabalhada.

Leia também:

Como será a regulação do trabalho por aplicativo

Para cada hora efetivamente trabalhada, será pago um valor de R$ 24,07/hora, destinado a cobrir os custos da utilização do celular, combustível, manutenção do veículo, seguro, impostos, entre outros. Esse valor é indenizatório e não compõe a remuneração.

Os trabalhadores e trabalhadoras serão inscritos obrigatoriamente no Regime Geral da Previdência Social (RGPS), com regras específicas para o recolhimento da contribuição de cada parte (empregados e empregadores):

1) Os trabalhadores irão recolher 7,5% sobre os valores referentes à remuneração (que compõe 25% da hora paga, ou seja, R$ 8,02/hora);

2) Os empregadores irão recolher 20% sobre os valores referentes à remuneração (que compõe 25% da hora paga, ou seja, R$ 8,02/hora);

As empresas devem realizar o desconto e repassar para a Previdência Social, juntamente com a contribuição patronal.

As mulheres trabalhadoras terão acesso aos direitos previdenciários previstos para os trabalhadores segurados do INSS.

O trabalhador em aplicativo será representado por entidade sindical da categoria profissional “ motorista de aplicativo de veículo de quatro rodas”. As entidades sindicais terão como atribuições: negociação coletiva; assinar acordo e convenção coletiva; e representar coletivamente os trabalhadores nas demandas judiciais e extrajudiciais de interesse da categoria.

Acompanhe tudo sobre:AppsUber99taxisMinistério do Trabalho

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame