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Governo Milei deve apresentar medidas econômicas 'urgentes' nesta terça, diz porta-voz

Em entrevista coletiva, ele também anunciou que houve a decisão de congelar toda a verba publicitária oficial

Governo Milei: O porta-voz disse que "não há dinheiro, e isso exige medidas concretas" (Divulgação: Tomas Cuesta / Correspondente autônomo/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 12 de dezembro de 2023 às 10h33.

Última atualização em 12 de dezembro de 2023 às 10h34.

Porta-voz do novo governo da Argentina, Manuel Adorni afirmou nesta terça-feira, 12, que estão em revisão todos os contratos e todas as nomeações da administração do último ano.

Em entrevista coletiva, ele também anunciou que houve a decisão de congelar toda a verba publicitária oficial durante um ano, para ajudar a controlar as contas públicas. Às 17h (de Brasília) de hoje, o ministro da Economia, Luis Caputo, deve apresentar as medidas econômicas "urgentes", informou.

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Adorni traçou um quadro duro sobre a economia atual, com "45% de pobreza, 200% de inflação anualizada", além de problemas de emprego, salários e "no nosso comércio exterior", neste caso não detalhados.

"Não há dinheiro"

O porta-voz disse que "não há dinheiro, e isso exige medidas concretas". Ele lembrou que o governo Milei teve corte em 50% do número de ministérios, de 18 a nove, e também mencionou a redução no número de secretarias de Estado (de 106 a 54) e de subsecretarias (182 a 140). Segundo o funcionário, houve corte de 34% do quadro de funcionários federais em diferentes níveis, com essas medidas.

"O objetivo é fazer o impossível no curtíssimo prazo para cumprir o prometido e evitar a catástrofe", disse, acrescentando que o país está imerso "em uma de suas crises mais profundas da história". "Nos caminhamos para uma hiperinflação e a intenção é evitá-la", ressaltou.

Ao ser questionado sobre protestos e manifestações previstos para os próximos dias no país, encabeçados por setores progressistas, o porta-voz garantiu que a liberdade de expressão continuará a ser respeitada. Ao mesmo tempo, disse que o governo pretende cumprir a lei, para lidar com esses eventos. "Dentro da lei tudo, fora da lei absolutamente nada", comentou.

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