Governo fará "reavaliação grande" de concessões de rodovias
Segundo presidente, governo poderá assumir as obras quando necessário
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 13h05.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que o governo federal está fazendo uma "reavaliação grande" das concessões de rodovias e poderá assumir as obras quando necessário, após o leilão pela concessão da rodovia BR-262 (ES/MG) ter ficado sem nenhum interessado.
Dilma disse, em entrevista a rádios do Rio Grande do Sul, que o governo fará uma avaliação específica para cada estrada a ser oferecida em leilão, em vista de buscar um equilíbrio entre a tarifa adequada de pedágio a ser cobrada e a Taxa Interna de Retorno (TIR).
"Nós estamos fazendo uma reavaliação grande das concessões. Sabe por quê? Porque as concessões têm duas reivindicação, que são às vezes contraditórias e que não fecham. De um lado se exige uma TIR muito elevada. Do outro lado se exige uma tarifa, um pedágio, muito baixo. Então, o que é que acontece? Acontece que a equação não fecha nunca", disse Dilma.
"Nós queremos fazer concessão com uma TIR adequada e uma tarifa adequada. Então para cada estrada nós vamos fazer uma avaliação específica", acrescentou a presidente, que citou as BRs 116, 386, 471, e 285, entre outras.
O leilão de concessões de infraestrutura logística é a grande aposta do governo para acelerar a economia, que tem crescido abaixo das expectativas. No entanto, a BR-262, que seria leiloada juntamente com a BR-050 (GO/MG) na próxima quarta-feira, não recebeu nenhuma proposta. Para a BR-050 oito candidatos se inscreveram.
O ministro dos Transportes, César Borges, informou na segunda-feira que o governo federal vai passar a fazer as licitações de trechos individualmente devido ao fracasso no leilão da BR-262.
Na entrevista, a presidente afirmou que uma concessão de rodovia sem pagar pedágio "é conto de fadas", mas ressaltou que os empresários também não podem buscar uma "concessão baixinha e uma remuneração da concessão elevadíssima".
Dilma disse ainda que nos casos em que não for possível se chegar a um equilíbrio entre a remuneração aos empresários e a tarifa de pedágio, o governo vai assumir as obras das rodovias.
"Quando for prático, concreto e efetivo unir as duas coisas, nós vamos unir. Quando não der para unir as duas coisas, nós vamos fazer obra pública." VISITA AOS EUA Perguntada no final da entrevista às rádios sobre a visita de Estado aos Estados Unidos programada para outubro, Dilma disse que falará sobre o tema mais tarde nesta terça-feira, após ter recebido telefone do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na segunda à noite.
A visita de Estado, mais importante do que uma visita comum e a única que Obama receberá neste ano, tornou-se incerta depois das denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) espionou comunicações pessoais de Dilma e a Petrobras.
Dilma, que no fim deste mês irá a Nova York para a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), criticou a vigilância norte-americana e tratou do tema com Obama durante a reunião do G20 neste mês, na Rússia.
Conselheiros próximos a Dilma, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins, têm buscado convencer a presidente a desistir da viagem. Na segunda-feira, Dilma reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que esteve nos EUA na semana passada para discutir o tema e receber uma resposta de Washington sobre as denúncias.
"Eu irei mais tarde hoje, ao longo do dia, dar uma entrevista sobre como nós iremos encaminhar essa questão da minha viagem aos EUA", afirmou Dilma na entrevista.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que o governo federal está fazendo uma "reavaliação grande" das concessões de rodovias e poderá assumir as obras quando necessário, após o leilão pela concessão da rodovia BR-262 (ES/MG) ter ficado sem nenhum interessado.
Dilma disse, em entrevista a rádios do Rio Grande do Sul, que o governo fará uma avaliação específica para cada estrada a ser oferecida em leilão, em vista de buscar um equilíbrio entre a tarifa adequada de pedágio a ser cobrada e a Taxa Interna de Retorno (TIR).
"Nós estamos fazendo uma reavaliação grande das concessões. Sabe por quê? Porque as concessões têm duas reivindicação, que são às vezes contraditórias e que não fecham. De um lado se exige uma TIR muito elevada. Do outro lado se exige uma tarifa, um pedágio, muito baixo. Então, o que é que acontece? Acontece que a equação não fecha nunca", disse Dilma.
"Nós queremos fazer concessão com uma TIR adequada e uma tarifa adequada. Então para cada estrada nós vamos fazer uma avaliação específica", acrescentou a presidente, que citou as BRs 116, 386, 471, e 285, entre outras.
O leilão de concessões de infraestrutura logística é a grande aposta do governo para acelerar a economia, que tem crescido abaixo das expectativas. No entanto, a BR-262, que seria leiloada juntamente com a BR-050 (GO/MG) na próxima quarta-feira, não recebeu nenhuma proposta. Para a BR-050 oito candidatos se inscreveram.
O ministro dos Transportes, César Borges, informou na segunda-feira que o governo federal vai passar a fazer as licitações de trechos individualmente devido ao fracasso no leilão da BR-262.
Na entrevista, a presidente afirmou que uma concessão de rodovia sem pagar pedágio "é conto de fadas", mas ressaltou que os empresários também não podem buscar uma "concessão baixinha e uma remuneração da concessão elevadíssima".
Dilma disse ainda que nos casos em que não for possível se chegar a um equilíbrio entre a remuneração aos empresários e a tarifa de pedágio, o governo vai assumir as obras das rodovias.
"Quando for prático, concreto e efetivo unir as duas coisas, nós vamos unir. Quando não der para unir as duas coisas, nós vamos fazer obra pública." VISITA AOS EUA Perguntada no final da entrevista às rádios sobre a visita de Estado aos Estados Unidos programada para outubro, Dilma disse que falará sobre o tema mais tarde nesta terça-feira, após ter recebido telefone do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na segunda à noite.
A visita de Estado, mais importante do que uma visita comum e a única que Obama receberá neste ano, tornou-se incerta depois das denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) espionou comunicações pessoais de Dilma e a Petrobras.
Dilma, que no fim deste mês irá a Nova York para a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), criticou a vigilância norte-americana e tratou do tema com Obama durante a reunião do G20 neste mês, na Rússia.
Conselheiros próximos a Dilma, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins, têm buscado convencer a presidente a desistir da viagem. Na segunda-feira, Dilma reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que esteve nos EUA na semana passada para discutir o tema e receber uma resposta de Washington sobre as denúncias.
"Eu irei mais tarde hoje, ao longo do dia, dar uma entrevista sobre como nós iremos encaminhar essa questão da minha viagem aos EUA", afirmou Dilma na entrevista.