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Governo diz que perseguirá meta de superávit de 0,7% do PIB

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reforçou hoje que o governo perseguirá meta de superávit primário de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto em 2016

Joaquim Levy, ministro da Fazenda: "é importante garantir uma ponte de sustentabilidade fiscal" (Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 17h05.

Brasília - Sem anunciar nenhuma nova medida um dia após o país ter perdido o selo de bom pagador, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy , reforçou nesta quinta-feira que o governo perseguirá meta de superávit primário de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, investida que necessitará do apoio do Congresso .

"É importante garantir uma ponte de sustentabilidade fiscal", disse o ministro em entrevista a jornalistas.

"Se a gente tiver que pagar um pouquinho de imposto para o Brasil ser reconhecido no mundo inteiro como um país forte, tenho certeza que todo mundo vai querer fazer isso", acrescentou ele Muito questionado sobre aumento de tributos existentes e eventual criação de novos impostos, ele disse apenas que pretende concluir um ajuste ao projeto de Lei Orçamentária de 2016 até o fim deste mês, para que as medidas possam ser votadas pelo Congresso.

Mas defendeu a necessidade de mais receitas e afirmou que a sociedade deve entender que será melhor pagar mais tributos para que Brasil seja reconhecido no exterior como país forte e com capacidade crescimento.

A frustação pelo fato de não ter anunciado novas medidas pegou o mercado financeiro nesta tarde, fazendo o dólar e os juros futuros subirem mais e a Bovespa a cair com pouco mais de intensidade.

Segundo ele, mais impostos combinados com mais corte de gasto fechará a equação fiscal de 2016. "É um aritmética." A tentativa do ministro de fortalecer a mensagem fiscal do governo da presidente Dilma Rousseff foi feita após a agência de classificação de risco Standard & Poor's retirar o selo de bom pagador do Brasil alegando desequilíbrio das contas públicas, falta de consenso político na solução do impasse fiscal e divergência entre membros da equipe econômica.

Há poucos dias, o governo encaminhou proposta orçamentária que prevê deficit primário consolidado equivalente a 0,34 por cento do PIB em 2016, diante da meta do período de saldo positivo de 0,7 por cento.

Diante desse cenário, a equipe econômica passou a considerar a possibilidade de aumentar os tributos Cide, IOF, IPI e Imposto de Renda para reforçar as receitas. Também passou a cogitar a criação de um imposto sobre movimentação financeira nos moldes da extinta CPMF e de um tributo sobre grandes fortunas.

Para Levy, importantes reformas que estão no Congresso vão dar suporte para o Brasil voltar a crescer, como as reformas do PIS/COFINS e ICMS. "Temos uma série de reformas estruturais que estamos conversando com o Congresso para botar o país pronto para responder bem ao novo ambiente", afirmou. "Trocar a fiação para a casa ficar bem bacana".

Texto atualizado às 17h05

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Brasília - Sem anunciar nenhuma nova medida um dia após o país ter perdido o selo de bom pagador, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy , reforçou nesta quinta-feira que o governo perseguirá meta de superávit primário de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, investida que necessitará do apoio do Congresso .

"É importante garantir uma ponte de sustentabilidade fiscal", disse o ministro em entrevista a jornalistas.

"Se a gente tiver que pagar um pouquinho de imposto para o Brasil ser reconhecido no mundo inteiro como um país forte, tenho certeza que todo mundo vai querer fazer isso", acrescentou ele Muito questionado sobre aumento de tributos existentes e eventual criação de novos impostos, ele disse apenas que pretende concluir um ajuste ao projeto de Lei Orçamentária de 2016 até o fim deste mês, para que as medidas possam ser votadas pelo Congresso.

Mas defendeu a necessidade de mais receitas e afirmou que a sociedade deve entender que será melhor pagar mais tributos para que Brasil seja reconhecido no exterior como país forte e com capacidade crescimento.

A frustação pelo fato de não ter anunciado novas medidas pegou o mercado financeiro nesta tarde, fazendo o dólar e os juros futuros subirem mais e a Bovespa a cair com pouco mais de intensidade.

Segundo ele, mais impostos combinados com mais corte de gasto fechará a equação fiscal de 2016. "É um aritmética." A tentativa do ministro de fortalecer a mensagem fiscal do governo da presidente Dilma Rousseff foi feita após a agência de classificação de risco Standard & Poor's retirar o selo de bom pagador do Brasil alegando desequilíbrio das contas públicas, falta de consenso político na solução do impasse fiscal e divergência entre membros da equipe econômica.

Há poucos dias, o governo encaminhou proposta orçamentária que prevê deficit primário consolidado equivalente a 0,34 por cento do PIB em 2016, diante da meta do período de saldo positivo de 0,7 por cento.

Diante desse cenário, a equipe econômica passou a considerar a possibilidade de aumentar os tributos Cide, IOF, IPI e Imposto de Renda para reforçar as receitas. Também passou a cogitar a criação de um imposto sobre movimentação financeira nos moldes da extinta CPMF e de um tributo sobre grandes fortunas.

Para Levy, importantes reformas que estão no Congresso vão dar suporte para o Brasil voltar a crescer, como as reformas do PIS/COFINS e ICMS. "Temos uma série de reformas estruturais que estamos conversando com o Congresso para botar o país pronto para responder bem ao novo ambiente", afirmou. "Trocar a fiação para a casa ficar bem bacana".

Texto atualizado às 17h05

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