Com a meta de superávit primário em mente, o governo anunciou nesta terça-feira (16/5) um corte de 14,2 bilhões de reais no orçamento para 2006. A proposta inicial, aprovada pelo Congresso, previa um gasto de 97 bilhões de reais, mas o governo preferiu reduzir o montante para garantir a meta de superávit primário, que é de 4,2% para este ano.

Do total aprovado, cerca de 78 bilhões de reais cabem à União, sendo o restante dividido entre os poderes legislativo e judiciário. O contingenciamento anunciado hoje afeta praticamente apenas o bolso do governo federal, que diminuiu seu orçamento em 14,1 bilhões de reais.

Quanto aos itens afetados, houve um corte de 9,7 bilhões de reais no montante destinado a emendas parlamentares. Os investimentos também foram afetados com uma redução de 6,3 bilhões de reais. Com isso, os governos das três esferas terão 15,5 bilhões de reais este ano para investir.

"Tivemos orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que preservássemos os ministérios da área social", afirmou Paulo Bernardo. Segundo ele, o ajuste teve que ser feito porque a previsão de despesas está acima do que o governo deve arrecadar em impostos e contribuições.

(Com informações da Agência Brasil)