Goiás colhe safra de soja menor que a esperada por clima
Produtividades decepcionam agricultores, o que deverá levar a uma revisão para baixo nas projeções para a safra do Estado
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 14h59.
Rio Verde - A colheita de verão avança em importante região de Goiás -quarto maior produtor de soja do país-, mas as produtividades decepcionam os agricultores , o que deverá levar a uma revisão para baixo nas projeções para a safra do Estado por conta de uma estiagem.
Em uma lavoura às margens da BR-060, em Rio Verde, no sudoeste do Estado, o administrador da fazenda Boa Vista, Márcio Gouveia Silva, acompanha o trabalho da colheitadeira e lamenta o resultado.
"Não é o esperado", disse ele à Reuters, que acompanha nesta semana a expedição técnica Rally da Safra pelo Centro-Oeste brasileiro.
A propriedade com 300 hectares de soja apostou em variedades super precoces, com um ciclo de 100 dias. A expectativa era colher 58 sacas por hectare, mas a produtividade deve ser limitada a 50 sacas de 60 kg.
O volume ainda é maior do que as 49,4 sacas colhidas na média do Estado na temporada passada, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Mas fica abaixo da produtividade média normalmente obtida no sudoeste do Estado, região que responde por pouco mais de um terço da safra de Goiás.
"Foi o clima. Ficou 30 dias sem chuva, da metade de dezembro à metade de janeiro", disse Silva, contrariado, sob o sol quente do Centro-Oeste. "Tem vizinho que está colhendo 40 sacas." E ele não é o único.
O agricultor Sílvio Wegener também começou a colheita em seus 1.100 hectares de soja na região de Rio Verde sem conseguir repetir as altas produtividades das últimas safras.
"Tem soja boa, mas tem soja que não vai produzir a metade do ano passado", disse ele.
Nas primeiras áreas, a produtividade está cerca de 10 sacas menor que na última safra, afirmou.
A consultoria Agroconsult avaliou em janeiro que Goiás deveria produzir um recorde de 9,6 milhões de toneladas na atual safra 2013/14, crescimento de 12 por cento ante a temporada anterior.
O volume coloca o Estado como quarto principal centro produtor da oleaginosa no país, atrás de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
O número, no entanto, deve ser revisado para baixo, afirmou o analista André Pessôa, da Agroconsult, que coordena o Rally da Safra.
Embora os dados ainda estejam sendo coletados, a estimativa possivelmente deverá ser reduzida em 5 por cento por conta do clima, que melhorou no Estado, mas ainda não está totalmente regularizado.
"Esperamos que as lavouras mais tardias compensem, mas teremos que revisar o número de Goiás para baixo", disse Pessôa. "Goiás não vai repetir a produtividade do ano passado." Em muitos casos, os produtores do sudoeste de Goiás afirmam que as variedades de soja que estão sendo colhidas tiveram uma redução de 7 a 10 dias em seu ciclo de vida por conta do tempo seco, o que colaborou bastante para a redução do potencial produtivo das lavouras.
Rio Verde - A colheita de verão avança em importante região de Goiás -quarto maior produtor de soja do país-, mas as produtividades decepcionam os agricultores , o que deverá levar a uma revisão para baixo nas projeções para a safra do Estado por conta de uma estiagem.
Em uma lavoura às margens da BR-060, em Rio Verde, no sudoeste do Estado, o administrador da fazenda Boa Vista, Márcio Gouveia Silva, acompanha o trabalho da colheitadeira e lamenta o resultado.
"Não é o esperado", disse ele à Reuters, que acompanha nesta semana a expedição técnica Rally da Safra pelo Centro-Oeste brasileiro.
A propriedade com 300 hectares de soja apostou em variedades super precoces, com um ciclo de 100 dias. A expectativa era colher 58 sacas por hectare, mas a produtividade deve ser limitada a 50 sacas de 60 kg.
O volume ainda é maior do que as 49,4 sacas colhidas na média do Estado na temporada passada, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Mas fica abaixo da produtividade média normalmente obtida no sudoeste do Estado, região que responde por pouco mais de um terço da safra de Goiás.
"Foi o clima. Ficou 30 dias sem chuva, da metade de dezembro à metade de janeiro", disse Silva, contrariado, sob o sol quente do Centro-Oeste. "Tem vizinho que está colhendo 40 sacas." E ele não é o único.
O agricultor Sílvio Wegener também começou a colheita em seus 1.100 hectares de soja na região de Rio Verde sem conseguir repetir as altas produtividades das últimas safras.
"Tem soja boa, mas tem soja que não vai produzir a metade do ano passado", disse ele.
Nas primeiras áreas, a produtividade está cerca de 10 sacas menor que na última safra, afirmou.
A consultoria Agroconsult avaliou em janeiro que Goiás deveria produzir um recorde de 9,6 milhões de toneladas na atual safra 2013/14, crescimento de 12 por cento ante a temporada anterior.
O volume coloca o Estado como quarto principal centro produtor da oleaginosa no país, atrás de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
O número, no entanto, deve ser revisado para baixo, afirmou o analista André Pessôa, da Agroconsult, que coordena o Rally da Safra.
Embora os dados ainda estejam sendo coletados, a estimativa possivelmente deverá ser reduzida em 5 por cento por conta do clima, que melhorou no Estado, mas ainda não está totalmente regularizado.
"Esperamos que as lavouras mais tardias compensem, mas teremos que revisar o número de Goiás para baixo", disse Pessôa. "Goiás não vai repetir a produtividade do ano passado." Em muitos casos, os produtores do sudoeste de Goiás afirmam que as variedades de soja que estão sendo colhidas tiveram uma redução de 7 a 10 dias em seu ciclo de vida por conta do tempo seco, o que colaborou bastante para a redução do potencial produtivo das lavouras.