Economia

Furlan vê IPI como paliativo e defende novo formato para setor automotivo

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta segunda-feira (11/8), durante seminário sobre exportaçôes automotivas, que se um setor se sustenta apenas com taxa de câmbio e incentivo fiscal, alguma coisa está errada e afirmou que considera a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) uma medida "paliativa" para o setor. "A redução do […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h11.

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta segunda-feira (11/8), durante seminário sobre exportaçôes automotivas, que se um setor se sustenta apenas com taxa de câmbio e incentivo fiscal, alguma coisa está errada e afirmou que considera a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) uma medida "paliativa" para o setor. "A redução do IPI é importante para ativar a desova de estoque. Eu acho que é um problema estrutural, uma capacidade instalada maior que a demanda. Essa demanda não cresce, por problemas de preço, mas está ligada à questão de renda, mecanismos de financiamento e taxas de juro", disse. Segundo o ministro, as exportações têm se fortalecido nos últimos meses.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ricardo Carvalho, salientou que um setor com capacidade produtiva de 3,2 milhões de automóveis, que vendeu no ano passado 1,4 milhões de unidades e que trabalha com a estimativa de vendas entre 1,3 e 1,2 milhão de veículos este ano, está em crise de fato. Carvalho acredita que a redução do IPI é temporária e serve como uma ponte para até se chegar a uma situação de conjuntura econômica melhor. O acordo termina em novembro e, para Carvalho, a situação está mais favorável em razão da possível redução de juros, dos incentivos ao acesso ao crédito e da recente redução do Depósito Compulsório. Ele lembra que 70% das vendas de veículos dependem de financiamento.

O seminário da Anfavea discutiu a situação, as dificuldades e as perspectivas para o Brasil se tornar uma importante plataforma de exportações de veículos e autopeças para o mercado internacional. Furlan mandou um recado aos empresários do setor dizendo que eles devem se preparar para o futuro e os provocou ao perguntar se o Brasil está limitado a produzir veículos de pequeno porte.

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