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Fundo da Noruega tira US$ 1,4 bilhão do Brasil

A parcela da carteira investida em ativos brasileiros diminuiu em 16,7% em seis meses. Os gestores dizem que o Brasil tem desempenho ruim entre os emergentes

Oslo, na Noruega: a parcela da carteira investida em ativos brasileiros diminuiu em 16,7% em seis meses (Divulgação / TripAdvisor)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 08h35.

Londres - O maior fundo soberano do mundo, o Fundo da Noruega , reduziu a exposição ao Brasil em US$ 1,4 bilhão no 1º semestre deste ano.

Balanço divulgado pelos gestores do fundo na quarta-feira, 19, revelou que a parcela da carteira investida em ativos brasileiros diminuiu em 16,7% em seis meses em termos nominais. Os gestores dizem que a economia brasileira tem desempenho "particularmente ruim" entre os emergentes .

Balanço apresentado nesta manhã em Oslo mostra que o patrimônio do Fundo Soberano da Noruega alocado no Brasil diminuiu em 11,822 bilhões de coroas norueguesas ou US$ 1,42 bilhão.

Em 30 de junho de 2015, o fundo mantinha patrimônio total de 58,887 bilhões de coroas norueguesas no Brasil (cerca de US$ 7 bilhões).

Na mesma data, o patrimônio total do fundo soberano norueguês somava 6,89 trilhões de coroas norueguesas ou cerca de US$ 830 bilhões pela taxa de câmbio de quarta-feira.

"Muitos mercados emergentes viram condições financeiras mais difíceis e alguns foram atingidos pela queda dos preços das commodities. A economia brasileira teve desempenho particularmente ruim com crescimento negativo e inflação alta", cita o relatório divulgado pelos gestores.

Fatores

O relatório não traz detalhes sobre quanto da diminuição da exposição ao Brasil foi gerada pelo desinvestimento no País ou pela desvalorização dos ativos brasileiros.

A maior queda da exposição ao Brasil aconteceu na renda fixa. Em seis meses, a parcela do fundo alocada em ativos brasileiros caiu de 1,5% para 1,2% do patrimônio total destinado à renda fixa.

Isso representa queda de 18,9% em valores nominais ou cerca de 6,6 bilhões de coroas norueguesas (aproximadamente US$ 794 milhões). Boa parte dessa diminuição aconteceu com títulos soberanos do Brasil, posição que diminuiu em 6 bilhões de coroas norueguesas (cerca de US$ 723 milhões) em um semestre.

Na renda variável, a posição em ações brasileiras caiu de 0,9% da carteira para 0,7%. Em termos nominais, isso representa diminuição de 14,5% ou 5,15 bilhões de coroas norueguesas (US$ 620 milhões).

Além de destacar o mau momento do Brasil, os gestores também citam que outros emergentes vivem momento desfavorável.

"Dados econômicos em vários emergentes continuaram a surpreender negativamente durante o trimestre a despeito de as estimativas para crescimento já terem sido cortadas. A desaceleração é de certa forma cíclica, mas as deficiências estruturais também influenciam", aponta o relatório.

Resultados

O Fundo da Noruega teve retorno negativo equivalente a 0,9% no segundo trimestre de 2015. A perda equivalente a 73 bilhões de coroas norueguesas (cerca de US$ 8,8 bilhões) foi gerada especialmente pela oscilação do mercado global de títulos de renda fixa e a volatilidade da renda variável no período.

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Londres - O maior fundo soberano do mundo, o Fundo da Noruega , reduziu a exposição ao Brasil em US$ 1,4 bilhão no 1º semestre deste ano.

Balanço divulgado pelos gestores do fundo na quarta-feira, 19, revelou que a parcela da carteira investida em ativos brasileiros diminuiu em 16,7% em seis meses em termos nominais. Os gestores dizem que a economia brasileira tem desempenho "particularmente ruim" entre os emergentes .

Balanço apresentado nesta manhã em Oslo mostra que o patrimônio do Fundo Soberano da Noruega alocado no Brasil diminuiu em 11,822 bilhões de coroas norueguesas ou US$ 1,42 bilhão.

Em 30 de junho de 2015, o fundo mantinha patrimônio total de 58,887 bilhões de coroas norueguesas no Brasil (cerca de US$ 7 bilhões).

Na mesma data, o patrimônio total do fundo soberano norueguês somava 6,89 trilhões de coroas norueguesas ou cerca de US$ 830 bilhões pela taxa de câmbio de quarta-feira.

"Muitos mercados emergentes viram condições financeiras mais difíceis e alguns foram atingidos pela queda dos preços das commodities. A economia brasileira teve desempenho particularmente ruim com crescimento negativo e inflação alta", cita o relatório divulgado pelos gestores.

Fatores

O relatório não traz detalhes sobre quanto da diminuição da exposição ao Brasil foi gerada pelo desinvestimento no País ou pela desvalorização dos ativos brasileiros.

A maior queda da exposição ao Brasil aconteceu na renda fixa. Em seis meses, a parcela do fundo alocada em ativos brasileiros caiu de 1,5% para 1,2% do patrimônio total destinado à renda fixa.

Isso representa queda de 18,9% em valores nominais ou cerca de 6,6 bilhões de coroas norueguesas (aproximadamente US$ 794 milhões). Boa parte dessa diminuição aconteceu com títulos soberanos do Brasil, posição que diminuiu em 6 bilhões de coroas norueguesas (cerca de US$ 723 milhões) em um semestre.

Na renda variável, a posição em ações brasileiras caiu de 0,9% da carteira para 0,7%. Em termos nominais, isso representa diminuição de 14,5% ou 5,15 bilhões de coroas norueguesas (US$ 620 milhões).

Além de destacar o mau momento do Brasil, os gestores também citam que outros emergentes vivem momento desfavorável.

"Dados econômicos em vários emergentes continuaram a surpreender negativamente durante o trimestre a despeito de as estimativas para crescimento já terem sido cortadas. A desaceleração é de certa forma cíclica, mas as deficiências estruturais também influenciam", aponta o relatório.

Resultados

O Fundo da Noruega teve retorno negativo equivalente a 0,9% no segundo trimestre de 2015. A perda equivalente a 73 bilhões de coroas norueguesas (cerca de US$ 8,8 bilhões) foi gerada especialmente pela oscilação do mercado global de títulos de renda fixa e a volatilidade da renda variável no período.

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