Economia

Fraqueza do dólar não ajuda iene, diz <I>The Wall Street Journal</I>

A divulgação na sexta-feira do desempenho do PIB japonês no segundo trimestre pode impulsionar ou deter a recente curva de valorização do iene

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.

Os resultados ruins em geração de empregos nos Estados Unidos contribuíram para a valorização do iene frente ao dólar. Apesar disso, analistas afirmam que a fraqueza da economia americana não é boa para a moeda do Japão.

"Não é um fator positivo para o iene que as preocupações sobre a economia dos Estados Unidos estejam crescendo", afirma Junya Tanase, analista de câmbio do J.P. Morgan Chase, ouvida pelo americano The Wall Street Journal. "O iene está entre as moedas que mais ganhariam com o crescimento econômico global."

Desde que Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, apresentou no mês passado um panorama otimista da economia americana, a moeda japonesa vinha se enfraquecendo ante o dolar. Mas, com a informação de que em julho apenas 32 mil postos de trabalho foram abertos nos Estados Unidos, o pior desempenho desde dezembro, o quadro se reverteu.

Ocorre que, embora haja sinais de recuperação dos gastos dos consumidores japoneses, as exportações continuam sendo a espinha dorsal da recuperação econômica do país. E as encomendas americanas, afirma o Wall Street, permanecem desempenhando papel-chave para o avanço das exportações japonesas. Tanto é assim que a valorização do iene não acompanhou o ritmo do euro.

Outra ameaça para o iene é a dependência do Japão de petróleo importado. Embora seja um dos países mais eficientes no emprego de energia, diz o WSJ, sua vulnerabilidade à escalada das cotações se traduz em vulnerabilidade da moeda.

A prova dos nove pode vir na sexta-feira (13/8), quando será divulgado o desempenho do Produto Interno Bruto japonês. As projeções colhidas pelas agências Dow Jones e Nikkei News apontam para um crescimento anualizado de 4,1% no segundo trimestre, bem acima dos 3% alcançados pela economia americana no mesmo período.

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