Economia

Fracasso em acordo com EUA seria caro demais, diz UE

Negociador da União Europeia para o acordo comercial transatlântico se mostrou esperançoso em que as conversas possam concluir em um tempo "razoável"

Ignacio García Bercero: "uma vez que politicamente foi lançada uma negociação desta amplitude, o custo do fracasso é simplesmente grande demais", ressaltou (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Ignacio García Bercero: "uma vez que politicamente foi lançada uma negociação desta amplitude, o custo do fracasso é simplesmente grande demais", ressaltou (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 23h00.

Washington - Ignacio García Bercero, chefe da equipe negociadora da União Europeia (UE) para o acordo comercial transatlântico com os Estados Unidos, se mostrou esperançoso em que as conversas possam concluir em um tempo "razoável" e assegurou que "o custo do fracasso é simplesmente grande demais".

"Estamos condenados a nos entender. Uma vez que politicamente foi lançada uma negociação desta amplitude, o custo do fracasso é simplesmente grande demais", ressaltou García Bercero nesta sexta-feira em um encontro com um reduzido grupo de correspondentes espanhóis na sede da delegação europeia em Washington.

Neste sentido, afirmou que "as partes estão muito conscientes que não podem permitir-se um fracasso".

Evitou, no entanto, estabelecer como data limite o final de 2014, como foi comentado em algum momento, mas reconheceu a importância que as conversas discorram com certa agilidade.

"Não existe nenhum interesse nem por parte europeia nem americana para que as conversas se prolonguem ad infinitum", comentou.

"A negociação", acrescentou, "foi bem preparada e o compromisso das partes é que se alcance um acordo dentro de um prazo razoável", que cifrou em torno dos dois anos.

García Bercero e sua equipe fecharam hoje a primeira rodada de negociações com os representantes americanos, liderados por Dan Mullaney, e os dois lados concordaram em qualificar a reunião de "produtiva e positiva".

"Foi uma boa primeira semana, cobrimos todos os temas, não identificamos nenhum termo que provocasse nenhum choque ou que uma das duas partes tenha dito que não se pode discutir", explicou.

A próxima rodada de negociações está prevista para o mês de outubro em Bruxelas.

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