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FMI vê sinais de fim da recessão e pede maior ajuste fiscal

Em seu relatório de previsão anual da economia brasileira, o Fundo manteve sem mudanças suas previsões de crescimento negativo de 3,3% para 2016

FMI: "Esta projeção está baseada na presunção de que seja aprovado no Congresso o teto em gasto fiscal e a reforma da previdência social" (Yuri Gripas/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 16h03.

Washington - O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) indicou nesta quinta-feira que o Brasil registra "sinais provisórios" de que "a recessão está chegando a seu fim", mas insistiu que o país necessita "uma maior e concentrada" consolidação fiscal se quiser manter a sustentabilidade das contas públicas.

Em seu relatório de revisão anual da economia brasileira, conhecida como "artigo IV", o Fundo manteve sem mudanças suas previsões de crescimento negativo de 3,3% para 2016 e uma volta ao terreno positivo de 0,5% em 2017.

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"Esta projeção está baseada na presunção de que seja aprovado no Congresso o teto em gasto fiscal e a reforma da previdência social em um período razoável", afirmou o documento.

O FMI aplaudiu o "compromisso" do novo governo do presidente Michel Temer com uma "muito necessitada agenda de reformas estruturais e fiscais", mas ressaltou que, se estas "são diluídas ou detidas no Congresso, o impulso à confiança será de curta duração, e a recessão pode continuar, acrescentando assim tensões sobre as receitas e as contas na economia".

Para a instituição financeira internacional, são especialmente positivas as reformas "em apoio dos programas de privatizações, assim como o fortalecimento do marco do governo das empresas públicas".

No entanto, salientou que uma consolidação fiscal baseada só no controle do gasto público não é suficiente "já que levaria anos para estabilizar a dívida pública".

Por isso, insistiu na necessidade de "um maior e concentrado ajuste" com um possível objetivo de alcançar um déficit primário de 3,5% do PIB nos próximos cinco anos.

O FMI realizará na próxima semana sua assembleia anual, que reunirá em Washington os principais líderes econômicos globais e apresentará sua atualização das previsões.

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