Economia

Para FMI, reduzir déficits públicos será desafio "tremendo"

CAMBRIDGE - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse neste sábado que a dívida pública das economias avançadas caminha para um crescimento significativo, e que reverter o aumento é um desafio "tremendo". Strauss-Kahn também disse que a recuperação econômica global ainda é frágil e desequilibrada, e precisa da continuidade do suporte político […]

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2010 às 12h03.

CAMBRIDGE - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse neste sábado que a dívida pública das economias avançadas caminha para um crescimento significativo, e que reverter o aumento é um desafio "tremendo".

Strauss-Kahn também disse que a recuperação econômica global ainda é frágil e desequilibrada, e precisa da continuidade do suporte político em muitas das principais economias.

A preocupação cada vez maior sobre a capacidade dos governos de financiar o alto nível da dívida pública após a crise financeira, particularmente no caso da Grécia, tem deixado os investidores cautelosos nos últimos meses.

Strauss-Kahn disse que a dívida pública nas economias avançadas tem previsão de crescimento de cerca de 35 pontos percentuais em média, para cerca de 110 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014.

"Reverter esse aumento será um desafio tremendo", disse. "Portanto, para as próximas uma ou duas décadas, movimentos cíclicos de expansão devem ser usados para reduzir a dívida pública, em vez de financiar aumentos dos gastos ou cortes de impostos", acrescentou.

A fala de Strauss-Kahn foi interrompida por manifestantes, que estenderam uma faixa com a frase: "o FMI é parte do problema, e não da solução".

Strauss-Kahn mencionou também a ideia de que uma meta mais alta de inflação poderia dar mais espaço para a redução dos juros diante de uma recessão deflacionária. A ideia foi proposta por seus colegas do FMI.

"Eu acho que é uma ideia interessante, que merece uma discussão séria. Mas essa não é a principal questão de política monetária, e não deve nos distrair de preocupações mais importantes".

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