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FMI diz que Ucrânia poderá receber até US$ 27 bi em 2 anos

O governo da Ucrânia, através de programa estipulado com o FMI, poderá receber até US$ 27 bilhões da comunidade internacional nos próximos dois anos

Sede do FMI: a assistência proveniente do FMI se situaria entre US$ 14 bilhões e US$ 18 bilhões (Saul Loeb/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 09h26.

Kiev - O governo da Ucrânia , através de um programa estipulado com o Fundo Monetário Internacional ( FMI ), poderá receber até US$ 27 bilhões da comunidade internacional nos próximos dois anos, anunciou nesta quinta-feira o organismo creditício.

Desse valor anunciado, a assistência proveniente do FMI se situaria entre US$ 14 bilhões e US$ 18 bilhões, assinalou o organismo em comunicado.

De acordo com o FMI, o acordo, em nível de pessoal técnico, foi alcançado durante a visita que uma missão do fundo realizou a Kiev entre os dias 4 e 25 de março, a qual tinha objetivo de avaliar a situação econômica e analisar um programa de reformas com as autoridades do país.

"O apoio financeiro proveniente da comunidade internacional que poderá ser obtido através deste programa ascende a US$ 27 bilhões nos próximos dois anos", assinalou Nikolai Gueorguiev, o chefe da missão enviada à Ucrânia.

No entanto, Gueorguiev acrescentou que "a assistência proveniente do FMI se situará entre US$ 14 bilhões e US$ 18 bilhões, já que o montante exato será determinado somente no momento em que o governo ucraniano obter "todo respaldo bilateral e multilateral", ressaltou.

Para obter a ajuda, as autoridades ucranianas devem adotar "um programa de medidas sólidas e de grande alcance para estabilizar a economia e criar as condições que permitam um crescimento sustentado", assinalou o FMI.

O órgão internacional ressaltou que os desequilíbrios macroeconômicos da Ucrânia "alcançaram níveis insustentáveis durante o último ano", com um déficit em conta corrente de mais de 9% do PIB.


"Dado o volume significativo de pagamentos externos e o acesso limitado aos mercados internacionais de dívida, as reservas internacionais caíram a um nível crítico", acrescentou o FMI em seu comunicado.

O déficit fiscal de 2013 alcançou 4,5% do PIB, e o déficit da companhia estatal de gás, Naftogaz, alcançou quase 2% do PIB.

"Se não se adotarem medidas políticas, o déficit fiscal e o da Naftogaz (combinado) superará 10% do PIB em 2014", apontou o FMI.

O organismo assegura que o programa de reformas que a Ucrânia implementará deve procurar "restabelecer a estabilidade macroeconômica e canalizar o país no caminho do bom governo e do crescimento econômico sustentável, protegendo os grupos vulneráveis da sociedade".

A política monetária será centrada na estabilidade dos preços internos, mas mantendo uma taxa de câmbio flexível, enquanto as reformas do setor financeiro devem assegurar que os bancos sejam sólidos, possuam um bom nível de liquidez e estejam bem capitalizados, entre outros aspectos.

Neste aspecto, o objetivo do programa é reduzir o déficit fiscal do país para 2,5% do PIB em 2016.

No setor da energia, "uma medida fundamental é o compromisso de realizar uma reforma gradual para recuperar o custo completo das tarifas no varejo da calefação e o gás, junto com outras medidas imediatas para alcançar o objetivo citado".

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Kiev - O governo da Ucrânia , através de um programa estipulado com o Fundo Monetário Internacional ( FMI ), poderá receber até US$ 27 bilhões da comunidade internacional nos próximos dois anos, anunciou nesta quinta-feira o organismo creditício.

Desse valor anunciado, a assistência proveniente do FMI se situaria entre US$ 14 bilhões e US$ 18 bilhões, assinalou o organismo em comunicado.

De acordo com o FMI, o acordo, em nível de pessoal técnico, foi alcançado durante a visita que uma missão do fundo realizou a Kiev entre os dias 4 e 25 de março, a qual tinha objetivo de avaliar a situação econômica e analisar um programa de reformas com as autoridades do país.

"O apoio financeiro proveniente da comunidade internacional que poderá ser obtido através deste programa ascende a US$ 27 bilhões nos próximos dois anos", assinalou Nikolai Gueorguiev, o chefe da missão enviada à Ucrânia.

No entanto, Gueorguiev acrescentou que "a assistência proveniente do FMI se situará entre US$ 14 bilhões e US$ 18 bilhões, já que o montante exato será determinado somente no momento em que o governo ucraniano obter "todo respaldo bilateral e multilateral", ressaltou.

Para obter a ajuda, as autoridades ucranianas devem adotar "um programa de medidas sólidas e de grande alcance para estabilizar a economia e criar as condições que permitam um crescimento sustentado", assinalou o FMI.

O órgão internacional ressaltou que os desequilíbrios macroeconômicos da Ucrânia "alcançaram níveis insustentáveis durante o último ano", com um déficit em conta corrente de mais de 9% do PIB.


"Dado o volume significativo de pagamentos externos e o acesso limitado aos mercados internacionais de dívida, as reservas internacionais caíram a um nível crítico", acrescentou o FMI em seu comunicado.

O déficit fiscal de 2013 alcançou 4,5% do PIB, e o déficit da companhia estatal de gás, Naftogaz, alcançou quase 2% do PIB.

"Se não se adotarem medidas políticas, o déficit fiscal e o da Naftogaz (combinado) superará 10% do PIB em 2014", apontou o FMI.

O organismo assegura que o programa de reformas que a Ucrânia implementará deve procurar "restabelecer a estabilidade macroeconômica e canalizar o país no caminho do bom governo e do crescimento econômico sustentável, protegendo os grupos vulneráveis da sociedade".

A política monetária será centrada na estabilidade dos preços internos, mas mantendo uma taxa de câmbio flexível, enquanto as reformas do setor financeiro devem assegurar que os bancos sejam sólidos, possuam um bom nível de liquidez e estejam bem capitalizados, entre outros aspectos.

Neste aspecto, o objetivo do programa é reduzir o déficit fiscal do país para 2,5% do PIB em 2016.

No setor da energia, "uma medida fundamental é o compromisso de realizar uma reforma gradual para recuperar o custo completo das tarifas no varejo da calefação e o gás, junto com outras medidas imediatas para alcançar o objetivo citado".

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