Economia

FMI diz que recomendará aprovação das contas brasileiras

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Jorge Marquez-Ruarte, afirmou que recomendará a aprovação da revisão das contas brasileiras e que as metas fiscais não vão mudar. A declaração do chefe da missão foi feita após o encontro com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. A aprovação das contas é a condição para […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h26.

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Jorge Marquez-Ruarte, afirmou que recomendará a aprovação da revisão das contas brasileiras e que as metas fiscais não vão mudar. A declaração do chefe da missão foi feita após o encontro com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. A aprovação das contas é a condição para que o Brasil possa sacar a próxima parcela do empréstimo do FMI, de 4,26 bilhões de dólares, a partir de agosto.

Mas, segundo Palocci, a decisão do governo de sacar os recursos da próxima parcela do empréstimo com o FMI ainda depende da conclusão da avaliação que está sendo feita por uma missão técnica do organismo no país. "(A decisão sobre o saque) depende de concluir a avaliação. Da nossa parte, os dados estão fornecidos, mas a avaliação pode continuar", afirmou Palocci.

Palocci afirmou que só em outubro o governo decide se vai pedir ao FMI a renovação do acordo. Segundo o ministro, do ponto de vista da necessidade de financiar as contas externas, não "parece que seja insuperável, mas isso não quer dizer que sejam descartados" (os recursos).

Ruarte elogiou as propostas de reformas em tramitação no Congresso e sobre a da Previdência, disse que o importante não é como ela será feita, mas que seja feita.

Nesta sexta-feira (1/8), terminou a penúltima revisão do acordo do empréstimo de US$ 30 bilhões com o Brasil, firmado no ano passado. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, porém não confirmou se esse seria o último encontro. "Depende de concluir a avaliação de nossa parte. Os dados estão fornecidos, mas a avaliação pode continuar. Normalmente as missões são em duas semanas. Essa pode terminar mais cedo", disse ele.

Nesta quinta-feira (31/7), o governo brasileiro anunciou que no primeiro semestre o setor público economizou mais de R$ 40 bilhões para o pagamento de juros da dívida um recorde histórico para o período. O valor supera em R$ 5,5 bilhões a meta acertada com o FMI para os seis primeiros meses do ano. As informações são da Agência Brasil. O montante de juros nominais apropriados atingiu R$ 74,3 bilhões, ou 10,03% do PIB (Produto Interno Bruto) no acumulado no ano 60% superior ao total registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado em 12 meses, chegou a R$ 142 bilhões (9,85% do PIB). A dívida líquida do setor cresceu de 55,2% para 55,4% do PIB. Em termos nominais, porém, houve uma queda de R$ 858,369 bilhões, em maio, para R$ 856,353 bilhões.

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