Exame Logo

FMI adverte à China que seu crescimento é insustentável

O fundo considera que "as margens de manobra (da China) estão diminuindo" no âmbito fiscal, enquanto se agravam os riscos no setor financeiro e imobiliário

"O padrão de crescimento da China se tornou dependente demais de investimentos e de um aumento insustentável do crédito", descreve o relatório (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 19h45.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou nesta quarta-feira à China que realize reformas para evitar problemas em nível fiscal, financeiro e imobiliário, ao mesmo tempo em que urgiu a orientar mais o crescimento rumo à demanda interna, já que o ritmo atual é insustentável.

"Desde a crise mundial, uma mistura de investimento, crédito e estímulo fiscal apoiou a atividade, mas este padrão de crescimento não é sustentável e está aumentando as vulnerabilidades", afirma o relatório anual sob o chamado Artigo IV do FMI sobre a segunda maior economia mundial.

O fundo considera que "as margens de manobra (da China) estão diminuindo" no âmbito fiscal, enquanto se agravam os riscos no setor financeiro e imobiliário.

Para o FMI, é uma "prioridade" que a China siga acelerando sua transição rumo a uma economia apoiada no consumo interno, "algo que ainda tem que ocorrer", como demonstram os dados de crescimento da formação de capital fixo, enquanto o consumo privado está estagnado.

"O padrão de crescimento da China se tornou dependente demais de investimentos e de um aumento insustentável do crédito", descreve o relatório.

O FMI prevê que a economia chinesa cresça 7,8% em 2013 e 7,7% no próximo ano, com uma inflação contida em torno de 3% e um déficit em ligeiro aumento de 2,5 a 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

No entanto, a China ainda tem o respaldo das maiores reservas de divisas do mundo e influxos de capital, que deveriam contribuir para profundas reformas no nível do governo central, mas também nas administrações locais, para melhorar a "transparência e proteger as despesas prioritárias".

A instituição estima que a dívida pública chinesa, situada em 22% do PIB, seria de 45% se fosse levada em conta a dívida dos governos locais que investiram fortemente em projetos de infraestruturas para manter o emprego e o crescimento.

Além disso, o fundo indica que o iuane está "moderadamente desvalorizado" e é necessário favorecer uma taxa de câmbio determinado pelo mercado para "facilitar mais o reequilíbrio interno e externo".

Veja também

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou nesta quarta-feira à China que realize reformas para evitar problemas em nível fiscal, financeiro e imobiliário, ao mesmo tempo em que urgiu a orientar mais o crescimento rumo à demanda interna, já que o ritmo atual é insustentável.

"Desde a crise mundial, uma mistura de investimento, crédito e estímulo fiscal apoiou a atividade, mas este padrão de crescimento não é sustentável e está aumentando as vulnerabilidades", afirma o relatório anual sob o chamado Artigo IV do FMI sobre a segunda maior economia mundial.

O fundo considera que "as margens de manobra (da China) estão diminuindo" no âmbito fiscal, enquanto se agravam os riscos no setor financeiro e imobiliário.

Para o FMI, é uma "prioridade" que a China siga acelerando sua transição rumo a uma economia apoiada no consumo interno, "algo que ainda tem que ocorrer", como demonstram os dados de crescimento da formação de capital fixo, enquanto o consumo privado está estagnado.

"O padrão de crescimento da China se tornou dependente demais de investimentos e de um aumento insustentável do crédito", descreve o relatório.

O FMI prevê que a economia chinesa cresça 7,8% em 2013 e 7,7% no próximo ano, com uma inflação contida em torno de 3% e um déficit em ligeiro aumento de 2,5 a 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

No entanto, a China ainda tem o respaldo das maiores reservas de divisas do mundo e influxos de capital, que deveriam contribuir para profundas reformas no nível do governo central, mas também nas administrações locais, para melhorar a "transparência e proteger as despesas prioritárias".

A instituição estima que a dívida pública chinesa, situada em 22% do PIB, seria de 45% se fosse levada em conta a dívida dos governos locais que investiram fortemente em projetos de infraestruturas para manter o emprego e o crescimento.

Além disso, o fundo indica que o iuane está "moderadamente desvalorizado" e é necessário favorecer uma taxa de câmbio determinado pelo mercado para "facilitar mais o reequilíbrio interno e externo".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoFMI

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame