Fluxo estrangeiro para mercados emergentes cai a US$25 bi em março
O fluxo para os mercados de ações somou 8,1 bilhões de dólares, de 13,8 bilhões de dólares em fevereiro
Reuters
Publicado em 1 de abril de 2019 às 12h15.
Londres — O fluxo de investimentos estrangeiros para ações e títulos de mercados emergentes desacelerou em março, com as moedas mais fracas pesando apesar da postura "dovish" (moderada) do Federal Reserve e do alívio nas tensões comerciais, mostrou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).
Os ativos de mercados emergentes atraíram 25,1 bilhões de dólares de fluxos não residente em março, após entrada de 31,2 bilhões de dólares em fevereiro e de 52,6 bilhões de dólares em janeiro, disse o IIF, que acompanha os fluxos de investidores em mercados de capitais.
O fluxo para títulos permaneceu praticamente estável em 17,6 bilhões de dólares em março, após 18,2 bilhões de dólares em fevereiro, apontou o IIF. O fluxo para os mercados de ações somou 8,1 bilhões de dólares, de 13,8 bilhões de dólares em fevereiro.
"A mais significativa mudança 'dovish' do Fed desde 2016 e negociações comerciais mais construtivas entre China e EUA foram catalisadores positivos", disse o economista do IIF Jonathan Fortun em nota.
"Entretanto, muitas moedas de mercados emergentes caíram com força neste ano, sem conseguir se beneficiar do cenário mais construtivo", completou.
Os mercados emergentes tiveram um 2018 tórrido, com crises na Turquia e Argentina afetando os mercados globais e levando as ações de países em desenvolvimento a uma queda de quase 17 por cento ao longo do ano.