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O impacto da marcação A marcação a mercado dos títulos públicos, no fim de maio de 2002, fez com que muitos investidores perdessem dinheiro mesmo com fundos de renda fixa e fundos DI conservadores. Como resultado, a indústria de fundos sofreu um baque de 55 bilhões de reais em investimentos líquidos, que só começaram a […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.

O impacto da marcação

A marcação a mercado dos títulos públicos, no fim de maio de 2002, fez com que muitos investidores perdessem dinheiro mesmo com fundos de renda fixa e fundos DI conservadores. Como resultado, a indústria de fundos sofreu um baque de 55 bilhões de reais em investimentos líquidos, que só começaram a retornar no ano seguinte. Felizmente, esses recursos permaneceram em grande parte no próprio sistema financeiro, não se destinando à compra de ativos reais ou ao consumo. Os maiores beneficiados com a queda dos fundos foram os Certificados de Depósito Bancário (CDB) e as cadernetas de poupança.

O estoque de CDBs cresceu 28% em 2002, após ter permanecido estacionado durante quatro anos. Já as cadernetas de poupança avançaram 17,6% e captaram mais de 20 bilhões de reais em recursos novos. Essa migração de dinheiro para os bancos estimulou um pouco os empréstimos, especialmente para a indústria. O crédito concedido ao setor industrial aumentou 17%, para 115,7 bilhões de reais. Os bancos não foram tão generosos com as pessoas físicas. O crédito individual aumentou apenas 5,7% em 2002, para 81,7 bilhões de reais.

Financeiro retirada estrangeira

O temor dos investidores estrangeiros com a mudança de governo, previsível principalmente no segundo semestre, cobrou um preço alto do mercado acionário. A média diária de negócios na Bolsa de Valores de São Paulo em 2002 foi a menor do Plano Real. Foram negociados menos de 200 milhões de dólares por dia durante o ano, o que é uma fração da média de quase 900 milhões de 1997. Naquele ano, no auge das grandes privatizações, como as do sistema Telebrás, os profissionais do mercado financeiro contavam as semanas para que a Bovespa se tornasse a "bolsa do bilhão". A queda do volume de negócios e o recuo das cotações também afetaram o desempenho dos fundos de ações, que voltaram a perder patrimônio em 2002 após terem assistido a uma saída de recursos no ano anterior. Essa retração do mercado acionário foi parcialmente compensada pela atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelos fundos de pensão, que permaneceram como os fornecedores de recursos de longo prazo da economia. Os empréstimos do BNDES cresceram quase 20% no ano passado, enquanto as carteiras dos fundos de pensão abertos avançaram mais de 35%.

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O estoque de CDBs cresceu 28% em 2002, após ter permanecido estacionado durante quatro anos. Já as cadernetas de poupança avançaram 17,6% e captaram mais de 20 bilhões de reais em recursos novos. Essa migração de dinheiro para os bancos estimulou um pouco os empréstimos, especialmente para a indústria. O crédito concedido ao setor industrial aumentou 17%, para 115,7 bilhões de reais. Os bancos não foram tão generosos com as pessoas físicas. O crédito individual aumentou apenas 5,7% em 2002, para 81,7 bilhões de reais.

Financeiro retirada estrangeira

O temor dos investidores estrangeiros com a mudança de governo, previsível principalmente no segundo semestre, cobrou um preço alto do mercado acionário. A média diária de negócios na Bolsa de Valores de São Paulo em 2002 foi a menor do Plano Real. Foram negociados menos de 200 milhões de dólares por dia durante o ano, o que é uma fração da média de quase 900 milhões de 1997. Naquele ano, no auge das grandes privatizações, como as do sistema Telebrás, os profissionais do mercado financeiro contavam as semanas para que a Bovespa se tornasse a "bolsa do bilhão". A queda do volume de negócios e o recuo das cotações também afetaram o desempenho dos fundos de ações, que voltaram a perder patrimônio em 2002 após terem assistido a uma saída de recursos no ano anterior. Essa retração do mercado acionário foi parcialmente compensada pela atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelos fundos de pensão, que permaneceram como os fornecedores de recursos de longo prazo da economia. Os empréstimos do BNDES cresceram quase 20% no ano passado, enquanto as carteiras dos fundos de pensão abertos avançaram mais de 35%.

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