Economia

Fiesp defende adoção de agenda mínima para votações no Congresso

Para Paulo Skaf, presidente da federação, crise do governo não anula condições políticas para votar temas importantes para a indústria

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, defendeu, nesta quinta-feira (28/7) a criação de uma agenda mínima de votações para que o Congresso não seja paralisado durante os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as denúncias de compra de deputados. "As investigações são importantes, mas não podem parar o país", afirma (se você é assinante, leia ainda reportagem de EXAME sobre o risco de paralisia do governo).

Diante da delicada situação do governo, envolto em denúncias de compra de deputados e de financiamentos irregulares para campanhas eleitorais, Skaf afirma que não é possível "ser muito ambicioso" na montagem da agenda de votações. Contudo, o presidente da Fiesp vê espaço para a aprovação de temas importantes para a indústria, como o projeto da lei geral das micro e pequenas empresas que ainda não foi enviado pelo Executivo ao Congresso. Outro item apontado por Skaf é a reforma política.

Segundo o empresário, há condições objetivas de aprovação desses e de outros temas que seriam determinados por um acordo entre empresários e parlamentares. "Há condições políticas sim", afirma, acrescentando que recebeu sinais positivos do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE).

Skaf voltou a criticar a política monetária do Banco Central e cobrou a redução das taxas. "Não podemos sangrar a economia para pagarmos juros da dívida", diz. Segundo ele, mesmo gradual, o corte das taxas precisa começar. "Ninguém quer baixar os juros pela metade amanhã. Não pregamos nada tão radical", afirma.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Acelerada pela Nvidia, Google — e agora Amazon —, startup quer inovar no crédito para PMEs

Cigarro mais caro deve pressionar inflação de 2024, informa Ministério da Fazenda

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,2%; expectativa para inflação também sobe, para 4,25%

Alckmin: empresas já podem solicitar à Receita Federal benefício da depreciação acelerada